Após um tempo de silêncio a guitarra de George Harrison, que suavemente chora, volta em uma balada suave e eterna, um grito sereno contra o mundo maquiavélico da busca pelo eterno concreto, sem emoções e/ou abstrações. Apesar de ser a última que posto de George Harrison fase Beatles, esta (sub)versão de "Something" foi o primeiro poema georgeharrisoniano que fiz (os demais podem ser encontrados pelos links abaixo do blog: http://diariosdesolidao.blogspot.com/2011/07/george-harrison-e-eu.html , http://diariosdesolidao.blogspot.com/2011/07/george-harrison-e-eu_27.html ,
http://diariosdesolidao.blogspot.com/2011/07/george-harrison-e-eu_30.html , http://diariosdesolidao.blogspot.com/2011/08/george-harrison-e-eu-um-fantasma-para.html ,
http://diariosdesolidao.blogspot.com/2011/09/george-harrison-e-eu-no-bar-parte-2.html .). Ano passado, em meio às minhas solidões, a canção "Something", também conhecida como a 'música que George fez pra sua amada Pattie, mas nunca admitiu', acariciava meu peito febril e carente e embalava minhas madrugadas com delírios de amor acompanhado de musas amantes que dançavam em minha ilusão. A (sub)versão fala sobre abraçar o lirismo incontido, sem buscar porquês, resgatar o romantismo invisível e impossível, sentir o sem sentido sem necessidade de perder-se em explicações. Abaixo da minha (sub)versão, vai o clipe original da canção (com a tradução) pra que os leitores possam acompanhar o encanto que tal canção marca em meu coração:
Ouvindo “Something” bem alto
às 3
horas da madrugada
Há algo
nos acordes dela que me atraem
Como se
meu coração se movesse pra outro lugar
Há algum
sol em sua melodia que me faz delirar
Eu não posso
deixar de tocá-la, não agora
Quando
todos descreem de tudo
Alguma
sintonia em seu romantismo, talvez um sorriso
Cuja
suavidade não encontro em outra canção
Algo em sua
melodia me faz chorar sorrindo
Eu não posso
deixar de tocá-la, não agora
Quando
pouco parece muito
E o
vizinho me pergunta se poderia abaixar o som
Eu não responderei,
eu não responderei
Ele tem
seus direitos, a lei do silêncio
Por isso
nada direi, nada direi
Alguma falta
de romantismo, talvez seus gritos
Cuja
agressividade ultrapassa o bom tom
Algo em
meu vizinho me faz desobedecer
Eu não posso
deixar de tocá-la, não agora
Que o
mundo grita pelo nada,
Não agora
que o mundo grita pelo umbigo...
:D
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