Hoje o blog também comemora o retorno da banda de rock
valenciana Aríete aos palcos de sua cidade natal Valença/RJ – mais
especificamente no Festival de Arte do Bat e Papo Bar, às 21 horas. Minha
trajetória poética cruza com o caminho de sucesso da banda. A primeira vez que tive
oportunidade de assistir a um show da banda meus ouvidos se apaixonaram pela
sonoridade deles à primeira vista.
Essa postagem traz o poema “Aríete’, escrito em homenagem à banda e
ainda inédito em livro, o clipoema musical rock “Caixa Postal”, montado por mim
a partir de gravações do show do Aríete na Festa dos motoqueiro, em Valença, em
2002, e as duas versões do último poema citado – a original, presente no livro,
e a versão Aríete – adaptada para dar maior musicalidade à obra escrita. Essa
postagem é pra ser lida ouvindo Aríete e
torce pela continuidade eterna da banda:
Aríete
Você que se tranca em casa todo dia
Com medo dos perigos da vida
Acorrentada na rotina
Seu único inimigo é você!
Eu sou as palavras escritas
Na estrada que você não quer percorrer
O mundo que a desafia
Tudo que resiste à sua omissão
Aríete batendo forte
Abrindo um corte no seu coração.
“Não deixe de viver
O que você não deixa de sonhar”
Está escrito nas vitrines
Está escondido em seu olhar
Se tem medo de perder
Como pensa em ganhar?
A vida é uma esfinge
Que você precisa desvendar
Eu vim deixá-la sem jeito
Lhe dar um beijo
Quando estiver só
Na escuridão
Nó batendo forte
Correndo da morte e da solidão.
Caixa Postal (poema original)
Enquanto correm apressados os momentos
perco todos, peco por não encontrar
um raio de sol que escapou no dia a dia
um facho de luz que fugiu do teu olhar
um desejo que desapareceu na rotina
um fundo romântico que faltou no luar...
Os teus beijos com sabor de Martini
invadem o copo, o corpo do pensamento
perco tempo, tenho tempo pra lembrar
as cartas perfumadas na caixa postal
a ânsia por não saber esperar
a pergunta que não tens
o amor que não sei se tenho para dar
a resposta que não vem
a boca que não contém palavras pra se expressar
E a chuva molha o papel, inunda meu quintal
eu não sei dizer adeus, talvez seja esse o meu mal...
Caixa Postal (versão Aríete)
Enquanto correm apressados os momentos
perco todos, peco por não encontrar
um facho de luz que fugiu do teu olhar
um fundo romântico que faltou no luar...
Os teus beijos com sabor de Martini
invadem o copo, o corpo do pensamento
perco tempo, tenho tempo pra lembrar
as cartas perfumadas na caixa postal
a ânsia por não saber esperar
o amor que não sei se tenho para dar
a boca que não contém palavras pra se expressar
Eu não sei dizer adeus, talvez seja esse o meu mal...
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