Hoje comemoramos, no Brasil, o Dia do Jardineiro. Em homenagem aos profissionais dos canteiros de sonhos floridos, posto hoje um poema inédito feito a uma ex-aluna amiga, cujo nome era Jussara. Ela dizia que nenhum poeta colocaria em versos o seu nome, pois julgava ser um nome feio para poemas bonitos. Para desfazer essa má ideia de Jussara (a beleza é relativa quando se trata de poesia), produzi um acróstico (poema cujas iniciais de cada verso formam uma frase ou palavra), cujas iniciais formam o nome dela. Curiosidade: investigando o significado do nome Jussara, descobri que a palavra é oriunda do tupi e significa "que tem espinhos", logo uma rosa pode ser uma jussara e uma jussara sempre será uma flor de poesia. Espero que os olhos dos leitores colham e acolham o poema abaixo:
Acróstico jardineiro
Já percebo há algum tempo
(nos meus olhos, um espaço de milênios)
Uma rosa misteriosa
florescer em seu rosto
Sonso, cheio de espinhos,
espinhas – desejos...
Será sonho, verdade
abstrata ou pesadelo, alucinação real?
Ainda não sei que flor
mágica é essa que seu semblante carrega;
Rara é sua beleza,
estranho jardim de estrelas...
Acabo a colheita sem
desvendar seus segredos – eu, jardineiro insatisfeito...
"eu, jardineiro insatisfeito..." É que o jardineiro esquece que a flor não precisa necessariamente dele para florescer e seguir seu destino. Que bom que o jardineiro não descobre todos os segredos das flores, só assim ele continuará a rega-las para que florescam mais a cada dia e deem belos frutos.
ResponderExcluircontudo, se a flor nao precisa necessariamente do jardineiro, nos leitores, precisamos quase que necessariamente de jardineiros-poetas a florir nossos dias.