Posto hoje o poema "Esse tempo portanto", premiado com Menção Especial no Concurso de Poesias da Academia de Letras de Paranapuã, na Lapa, Rio de Janeiro/RJ. O poema, escrito originalmente em 2006, fala sobre conclusões e despedidas, ponto final. O vídeo (mais abaixo) traz a declamação do poema no dia da Cerimônia de Premiação, ocorrida no dia 12 de dezembro de 2011.
Esse tempo portanto
Portanto é adeus.
E
eu fecho a porta.
Um
calor lá fora...
E
esse vento aqui dentro.
O
que há com o tempo?
Esse
sereno, eu sereno:
Portanto
é adeus...
... E
eu não choro.
O sol rindo, indo embora,
embora...
E essa chuva por dentro.
E esse brilho por fora.
Aflição diante da lua
nova:
Portanto é adeus?
Nenhuma resposta.
Nenhuma vitória.
Nenhuma derrota.
Apenas a mesma memória, memória com a mesma
história, história...
(Eu
amava, tu partias, ele chegava).
Apenas a lua nova cada vez mais nova, mais nova...
(Ele
é o vento, tu és distância e eu, eu não sei...).
Sem nós amarrados.
Sem vós remotos.
Sem eles ou elas indeterminados.
Só
a espera, espera... Espera!
Já
era.
Já foi.
Que
há com o tempo?
Esse
tempo portanto.
Esse
tempo adeus.
Portanto tempo,
Portanto adeus.
É lindo o poema, rs, o tempo é tão ardiloso, provoca tantas mudanças...
ResponderExcluirO sol lá fora, fechei mais uma porta e abri a de teu poema. Cá, estou a le-lo de felicíssima. Parabéns!!!!!!!!!!!
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