Essa é uma das (sub)versões poéticas-bônus track da minha saga georgeharrisoniana (como eu afirmara, no capítulo final "No bar parte 4" [vai o link: http://diariosdesolidao.blogspot.com/2011/11/eu-sem-george-no-bar-parte-4.html ], as aventuras poéticas de meus eus líricos com George Harrison não tem fim). O poema de agora é inspirado na melodia irresistível de "Old brown shoe", do lado B do single "The Ballad of John and Yoko", da fase de George ainda nos Beatles. Considerado pelo Mestre Alexandre Fonseca como "um dos rocks mais vibrantes da fase final da banda puxado
por um riff de slide guitar eletrizante que introduz a melodia construída por
uma sequência de acordes bastante variada e gráfica", a letra original "desfila uma série de referências às dualidades e
contradições da vida e do amor"(Pra quem não conhece a canção original, posto também o vídeo dessa excelente música).
Em minha (sub)versão poética, tais dualidades e contradições são trocadas pela resistência em manter-se firme com seus velhos ideais, apesar das trevas coloridas tentarem sempre te levarem para os 'novos' rumos da velha falta de identidade. O velho sapato marrom de George se tornou um velho tênis azul sujo, na minha composição - em referência-homenagem ao tradicional 'blue' antipósmodernocolorido dos blues e ao "All Star Azul" eterno de Cássia Eller. Tomei uma coça (parte da madrugada e essa manhã toda) pra que os versos acompanhassem, com algum sentido, a complexa melodia da canção original. Espero que George Harrison, Mestre Alexandre e demais leitores aprovem minha ousadia:
Velho tênis
sujo
Deixo a sapataria pra trás, pois agora os formatos são
outros;
Alguns são deselegantes demais e outros demasiadamente
longos.
Por isso eu ainda uso aquele velho tênis sujo...
Baby, outros nos levam a lugar nenhum,
Há estoques que queimam nessa promoção cinza por estilo
nenhum.
E eu não tenho pique pra me erguer e inventar uma nova marca
legal,
E, antes que outro sonho desmaie pálido entre nós e esse
novo mal,
Parto, escapo com meu velho tênis azul;
Baby, eles nos querem em lugar nenhum,
Há estoques que queimam nessa promoção cinza por estilo
nenhum.
Alguns inventarão um novo single
Com jingles ruins sobre novos estilos,
Não ligue, baby, pra o que eles dizem e usam.
Eu me mantenho e sei que eles somem,
Porque hoje os novos tênis
Não confortam a mim.
E eu posso ter pés imperfeitos,
Mas danço feliz com meu jeito triste,
Eles querem me confortar com novas trevas,
Mas eu ainda prefiro aquela da velha era,
Porque hoje os novos tênis
Não confortam a mim.
E mesmo que prove outros,
Eu fico com meu antigo tênis, não me entregarei,
Pode vir com outro All Star, que, mesmo assim, não
comprarei,
Dirão que pisam livres, acham-se muito cool ,
Baby, eles continuam a nos levar a lugar nenhum,
Há estoques que queimam nessa promoção cinza por estilo
nenhum,
Há estoques que nos queimam nessa sensação colorida pra
lugar nenhum.
Achei o firefox aqui! Sobre o texto ADOREI, poemos dizer que é um poema com os pés no chão rsrsrrsrsrs ( ou melhor, no All Star)RS
ResponderExcluirAh! que saudades dos meus. Foram testemunhas vivas e mesmo mortas, de minha trajetória por esse mundão de meu Deus. Não os quis preservar encerrados em minha casa, queria que eles tivessem um novo rumo e com isso me impelir a batalhar um novo para mim também. eu digo que os meus velhos sapatos me ensinaram uma das lições mais importantes de minha vida: é preciso andar sempre.
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