Hoje compartilho meu blog com um dos maiores talentos que
conheci da nova geração de escritores: a fantástica Letícia Corrêa, que fez 14 anos ontem (19 de setembro), no quase prenúncio da lírica primavera. A trajetória
poética de Letícia cruzou com meus caminhos artísticos desde quando sua mãe, a
poeta Patrícia Corrêa (filha de boa poeta promissora poeta é) me informou que "Lelê" (como é conhecida pelos amigos) passou a escrever, após o lançamento de meu livro “Eu e outras Províncias”,
em Valença/RJ, em 2008. A
partir daí, acompanhei o crescimento dessa talentosa artista e a vi, com
orgulho, traçar sua marca autoral em tudo que escreve e tornar-se única,
genialmente única! Hoje, Letícia supera o talento deste poeta que lhe homenageia; a jovem poeta já nasceu como cristal e, atualmente, seu valor é
infinito, incontável para nossas míseras moedas mortais. Como a obra de um
autor fala muito mais que qualquer biografia, abaixo posto, respectivamente, o
excelente poema “Neném Culturar”, com o qual Letícia venceu o Concurso de
Poesias da Cia do Livro, em Valença/RJ, um outro poema, batizado como “Julieta
e a flor de espinhos”, o qual tive o privilégio de escrever em dupla com a
autora (o eu lírico dela é Julieta e o meu é a flor de espinhos) e um vídeo inédito
em que dividimos o palco, em Rio das Flores/RJ, para declamarmos poemas da genial escritora :
Neném “culturar”
(Letícia Corrêa da Rocha)
Oh meu neném,
Chora de fome em meu colo
Fome de cultura
Sede de crescer
Pura vontade
De amadurecer
A cultura que começa a nascer
Deita em teus braços
Se aninha, e começando a sonhar
Mas, o que será que vai dar?
Valença,
Cidade com muitas etnias
E tradições históricas
Agora, começando novamente a chorar
Chorando de alegria
Cresceu finalmente
Veio ao mundo “culturar”!
Julieta e a flor de espinhos
(Letícia Corrêa da Rocha e
Carlos Brunno S. Barbosa)
JULIETA:
Oh, flor de espinhos,
sujais todo o meu coração,
me deixando aqui esperando
com a imagem de uma bela flor
nas mãos.
Imortal, diante do amor,
morreu sem minha traição.
FLOR DE ESPINHOS:
Não, Julieta,
não posso sujar um puro coração.
Meus espinhos desconhecem
os caminhos da tua falta de razão;
não sou tua lama, e sim a flor
que tens nas mãos,
congelada pela tua dor,
eternizada e sem ação.
Lelê, quando a conheci era ainda uma criança, acho que não reconheço se passar por ela na rua . Mas sei que continua a mesma fofa de menina, às vezes nos esbarramos virtualmente né Lê?!.. . e confesso minha surpresa, alegria, felicidade, ao descobrir que dentre tantas qualidades também é muito talentosa.
ResponderExcluirSimplesmente amei.