Eternamente Rosinha
no jardim de Valença.
Os tolos acharam-na menor,
uma flor comum do interior,
uma rosinha,
mas aprendeste a tua melodia sozinha,
ensinaste aos tolos que as rosas têm
as suas próprias melodias:
"Zum-zum", "Cangaceira", "Funarte",
"Guiomar Novaes", "People", "Arco da Velha",
"Bambino D'Ouro": por quantos jardins
as tuas pétalas tocaram
e para tantas e tantas pessoas
liberaste o canto, antes tão calado...
Stanislau Ponte Preta errou ao dizer
que tu, Rosinha, tocas por uma cidade inteira;
grande engano: tocas por um mundo inteiro, Rosinha!
Depois de ti, nenhum tolo - por mais tolo que seja -
negou a música das flores (das estrelas do jardim).
ROSINHA DE VALENÇA,
encontra as tuas águas no projeto meio-dia
que o cheiro de mato é bom
com um violão em primeiro plano
e não fiques triste com a discriminação
de tuas crenças - do teu sonho franco-brasileiro.
São os tolos, os urubus com inveja
da tua música, do teu prazer;
os mesmos tolos que terão que aceitar
que teu nome não está no passado
nem no presente, nem no futuro...
O teu nome está no sempre
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