Hoje faz 10 anos desde os atentados de 11 de setembro, uma
série de ataques suicidas coordenados pela Al-Qaeda aos Estados Unidos em 11 de
setembro de 2001. Na manhã daquele dia, 19 terroristas da Al-Qaeda sequestraram
quatro aviões comerciais a jato de passageiros, destruíram as Torres Gêmeas do
World Trade Center em Nova
Iorque , além de outros prédios e regiões estadunidenses, e deixaram
um triste total de 2.996 pessoas mortas pelos ataques. Tal atentado terrorista
foi respondido pelos Estados Unidos, então governado pelo impopular presidente
George W. Bush, com mais violência. O governo estadunidense criou um
contra-ataque violento e sanguinário com o famigerado nome de “Guerra ao Terror”,
com um número incalculável de vítimas no Afeganistão e no Iraque (como ambos os
países continuam em conflito, sabe-se apenas que o índice de mortos já é o
triplo ou o quádruplo do número de mortos no 11 de setembro).
O 11 de setembro
permanece nas memórias de ódio estadunidenses e perpetua a guerra e incompreensão
entre países distintos e inimigos da diversidade religiosa e cultural. A inútil
política do “quem com ferro fere com ferro será ferido” continua matando
pessoas inocentes enquanto a bandeira branca da paz arde em chamas e desmorona
aos nossos olhos de forma tão visível e aterradora quanto as Torres Gêmeas do
World Trade Center. O poema “Quando eu voltar” (curiosidade: o título anterior desse texto era "Jesus na cruz"), publicado em meu primeiro livro
“Fim do fim do mundo” (1997 – primeira edição esgotada), produzido no triste
período das guerras civis no continente africano, da eterna e rotineira guerra
do homem contra seu próximo e inspirada nas lembranças de tantas outras que
explodiram meus olhos infantis (Guerra do Golfo, Guerra da Bósnia, etc) , é um
pedido de paz, infelizmente ainda urgente, depois de 14 anos de sua publicação...
Quando eu Voltar
Quando eu voltar
Vou mandar uma carta
Ao amigo passarinho
Mas tem uma imaginação fértil
Que o faz voar.
Quando eu voltar
Vou jogar flores
Nos moinhos de vento
Pra, nos lares vizinhos,
Se espalharem como onda sonora
Embaralhando os negócios
Dos frios negociantes
E purificando o ar de desejo
Dos amigos amantes.
Quando eu voltar
Vou mostrar o meu sofrimento
Diante da guerra
E todos verão meu amadurecimento
Chamando vocês de senhores
Dando nomes aos bois
Rezando para todos aprenderem
A moral da história
Como eu aprendi.
- Quando eu voltar
Vou querer meu sorriso de volta.
Uma imaginação fértil que o faz voar!
ResponderExcluirMagnífico!!!