Em (des) comemoração ao dia da
nossa Independência, contada e recontada nos livros de contos de fadas da
História do Brasil, relembro hoje o poema “Liberdade”, publicado no livro
“¿NOTE OR NOT SER?” (2001). O poema dialoga com a música “Inútil”, do Ultraje a
Rigor, e cita ironicamente o nosso Hino Nacional. Escrito em festas passadas de
nossa falsa Independência, é pra ser ouvido marchando a canção “Inútil”, de
Ultraje a Rigor, “Independência”, do Capital Inicial, “Assim que me querem”, do
Ira!, ou qualquer canção de protesto punk (Plebe Rude, Garotos Podres, Cólera,
Inocentes, Calibre 12, etc).
Liberdade
A gente somos obrigados
pra provar que somos homens.
A gente somos obrigados
a aceitar que os políticos têm direito
a um horário eleitoral gratuito
pra provar quantas coisas não são feitas.
A gente somos obrigados
a trabalhar e receber salário mínimo
pra provar que morremos de fome dignamente.
A gente somos obrigados
a pagar impostos
pra provar que aceitamos tudo calados.
A gente somos obrigados
a votar sem saber nem escrever
pra provar que somos um País Subdesenvolvido Democrático.
E eu sou obrigado
a esquecer tudo o que digo
pois qualquer coisa poderá e será
cuja miopia prende ladrão de galinha
e sustenta político sacana
enquanto nas margens plácidas
do rio Ipiranga
a Liberdade se afoga
tornando-se solúvel
à poluição do rio.
ADOREI!!!! E aí, novidades?
ResponderExcluirQue bacana seu comentario, pois é, gosto muito do Legião Urbana. Aprimorando? espero q sim, mas inda acho muito "pobrezinho" meu lirismo social, inda mais ultimamente em q ando mais introspectiva q já sou rsrs. Sabe, romântica sou sim, ultrarromântica até, e às vezes fria demais; acho q as "flores" é uma forma de dizer a mim mesma "não perca as esperanças..." rsrs Sem dúvida, compartilhar nossas solidões poéticas é ótimo, motivador. Grande abraço.......
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