Inicio minhas (sub)versões poéticas às composições de George Harrison em sua carreira solo com a releitura da belíssima "All Things Must Pass", canção-título do primeiro álbum solo do ex-beatle, considerado por muitos como o melhor disco de um ex-beatle e um dos melhores discos da história do rock. Fiz essa versão em janeiro deste ano, momento bastante dramático em minhas memórias (as chuvas que arrasaram a região serrana e viraram de cabeça pra baixo minha vida profissional e o triste falecimento do avô de Juliana, após uma verdadeira via crúcis de internações), por isso ela saiu bem menos otimista que a mensagem da canção original. Em homenagem aos grandes artistas, como George Harrison, Freddie Mercury (hoje faz 20 anos de falecimento deste fabuloso cantor...), Renato Russo, Drummond e todos os amores de nossas vidas que, às vezes, partem cedo demais...
Eles
dizem que tudo passa
São negras as vestes deste homem;
Falta luz nas vestes que lhe
dei.
Parece que meu amor fugiu
E se foi junto deste homem;
Parece que fugiu o amor que
lhe reservei.
Eles dizem que tudo passa,
Eles dizem que eu passarei
também...
O sol cede um tom agreste ao
carpir,
Aumenta o calor deste quarto
de dormir.
Acho esse dia de hoje tão ruim;
Já posso até sentir
Um amanhã triste, quente e
sem você.
Eles fingem que tudo passa,
Eles fingem que tudo passa,
eu sei...
Eles dizem que tudo passa,
Dão-me drinques, pileques;
Peço mais, ainda vou
entender
Por que o outro dia não vem.
O sol depressa estaciona
enigmático
Neste homem que me fez tão
bem.
A luz de hoje é rude,
Parece vingar-se de meus
pálidos parentes;
Esta não foi a primeira vez.
Eles dizem que tudo passa,
Eles fingem que tudo passa,
eu sei...
Eles vivem e você passa,
Eles dizem que eu passarei
sem você...
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