Solidões Compartilhadas: Stefanny Amaral contra o amor entre aspas

Hoje compartilho mais uma vez minhas solidões poéticas com uma das mais sensíveis entre as fodásticas poetalunas que encontrei nas salas de aula da Escola Municipal Alcino Francisco da Silva (uma das escolas mais líricas do Brasil, se observarmos a quantidade de excelentes escritores-alunos que se formam nela), em Teresópolis/RJ, onde leciono atualmente: a jovem e hipersensível Stefanny Amaral.

Stefanny traz um lirismo à flor da pele, em versos brilhantes e cheios de emoção. No poema da talentosa autora que posto hoje, o eu lírico questiona o peso das falsas promessas de amor. O poema sofreu apenas uma pequena alteração feita pelo professor-poeta que vos fala: o “amor” que ela escreveu assim entre aspas ganhou o nome por extenso (amor entre aspas) pra deixar mais claro, reforçar o peso irônico que o eu lírico de Stefanny Amaral coloca no amor fugidio da pessoa amada.

Leiamos o poema com o coração aberto, amigos leitores, e fujamos de todo mal dos amores entre aspas.

O seu amor entre aspas

O que posso fazer?

Gostar de você não quero mais.

Você reclamou por eu não dizer

que estávamos juntos,

mas como eu poderia

se não parecia?

Você podia até dizer “eu te amo”,

mas não me importava mais.

Isso é só uma frase

que significa muito pra algumas pessoas,

mas, para mim, nem tanto,

pois depende da pessoa que diz.

Você pode até me dizer,

mas prove que o seu amor entre aspas

é mais forte que tudo!