As Solidões Compartilhadas de hoje vêm da Região
Norte do Brasil: pela primeira vez, compartilho minhas solidões poéticas com o
jovem e talentoso Rayson Martins, de Manaus/AM.
Conheci o rapaz, fã declarado da banda Detonautas
Roque Clube, pelo facebook e, há algum tempo, ele venceu a timidez e foi me
enviando seus poemas e prosas poéticas e pedindo minha opinião sobre seus fodásticos
escritos. Seu lirismo, registrado em cartas-poemas de amor e abandono, trazem
um eu lírico á flor da pele, esbanjando emoções com belas e melancólicas
imagens poéticas, em busca de uma amada perdida, um sonho interrompido, um céu
azul que não mais se vê... “Tô nessa fase, tentando esquecer algumas coisas”,
confessa o fodástico e jovem escritor.
Tive o privilégio de ler as obras-primas do rapaz
em primeira mão e me emocionar com suas fodásticas cartas-poemas. Agora é sua
vez, leitor, deixemos as emoções á flor da pele se espalharem pelos nossos
olhos e corações!
Declaração
Não sei se começo dizendo que te amo, ou que estou
sentindo tua falta
Só sei que depois que você se foi, minha vida
desandou
Minhas tardes ensolaradas se tornaram frias e
solitárias
Embora eu saiba de tudo que aconteceu, foi difícil
e está sendo difícil viver sem você, sem tua presença e teus cuidados.
Por um momento eu poderia cometer o deslize de
dizer que não te amo mais, porém meu coração pega restos de lenha e ainda
aquece aquela fogueira. Aquela mesmo que acendemos no nosso primeiro dia de
namoro...
Sinto falta de você, do teu sorriso e do teu
abraço... Sinto falta das noites que passamos em claro, conversando e rindo como
se fossemos duas crianças apaixonadas.
Teu sorriso é um mar que brilha intensamente, é
como a porta de entrada para um paraíso, aquele que visitávamos diariamente nas
tardes de céu azul...
Teu olhar é uma luz, uma luz forte, que não
consegue sequer me deixar caminhar um segundo só pelo escuro, que não descansa
enquanto eu não estou deitado e descansando uma coisa que ultimamente andava
tão cansado...
Eu errei. Você errou. Nós erramos! Vivo em um vazio
de solidão, por não ter você por perto e principalmente não sentir teu cheiro.
Aquele mesmo que me envolvia fortemente, que me fazia dar sorrisos bobos e
abraços apertados...
Sinto muita falta disso, dos longos tempos que
passamos juntos curtindo aquela felicidade que parecia não ter fim...
Nem todos os poetas podem realmente expressar tudo
o que sentem em uma simples folha de papel, sempre falta algo, sempre falta
acrescentar algo a uma coisa que não tem explicação...
Só sei dizer que enquanto você não volta, a saudade
machuca, dói demais! Eu sinto muito em não dizer todos os dias que te amo,
infelizmente já não posso mais fazer isso... Mas quem sabe um dia você volte, e
meu coração tenha de volta aquele céu azul que se acostumou a ter...
Valentina
Valentina,
Te encontrei em um lugar feliz, entre sorrisos,
emoções e paixões
Não quis de primeira pegar na tua mão e te dizer
“que bom que te encontrei”, demorei muito até te encontrar de novo, tudo ironia
do destino...
Valentina, que sempre me encantou com teu jeito
único, teu sorriso alegre e teu jeito de inocente
Valentina, que sempre me tocou com tuas palavras,
que sempre me inspirou com teus toques sutis e teu gênero reservado...
Mal eu poderia esperar pra te ver de novo, pra te
abraçar e quem sabe poder tocar minha boca na tua.
Mas quis o destino que uma só palavra nos
separasse, pra que eu nunca mais pudesse te encontrar e jamais pudesse sequer
realizar a minha única e fatal vontade, aquela mesmo de te ter em meus
braços...
Ah, pobre Valentina, não quero eu te ver em outros
braços, mas tenho que aceitar que você se foi, e talvez você tenha sido uma das
maiores ilusões da minha vida
Oh Valentina, não faz assim, volte para os meus
braços, viva em meus sonhos como sempre viveu... Faça desse coração um
companheiro inseparável, que sempre foi teu.
Que lindos, nossa tu escreve muito bem, adorei.
ResponderExcluirObrigado, Geovana! Que bom que gostou, fico muito feliz! Beijos.
ExcluirComo foi lindas aquelas palavras, como foram lindos aqueles sonhos, pena que não eram comigo, pena não serem para nós dois, talvez um desejo antigo mas que eu assinei em baixo com o coração e disposta a tentar amar novamente. Pena que tudo no início é maravilha, pena que não tivemos um início, meio...sim, início e meio, pois o fim, já aconteceu. E não foram por falta de tentativas, foram por excessos de expectativas, excessos de provas de amor, excesso de sede de você, dos sonhos que não vão se realizar...culpa do quarto escuro, da falta de ânimo, culpa do momento da vida que não está bom, culpa da dor de barriga, da ansiedade e da raiva excessiva.Culpa minha de não saber esperar, de tentar arrancar a solidão e amargura do teu peito, culpa minha de não ser convida a ajudar, culpa minha de sentir sua dor e ao tentar de abraçar, te sufoquei...minha ajuda não era necessária, não era bem vinda...mesmo contrariado por meus impulsos em querer te tirar do quarto escuro, mesmo arriscando a perder o novo amor, eu te abracei mesmo não querendo e assim você sumiu como mágica e me deixou mergulhada nos planos que nunca realizarei contigo.
ResponderExcluirEntão, hoje estou no quarto escuro e matando as borboletas que aqui restaram.