O sol hoje se manteve firme durante grande parte da tarde.
Será que ele veio brindar mais um dia de Copa do Mundo no Brasil? Não, imagino
que não, afinal, os jogadores sofreram para jogar diante desse sol intenso.
Então por que será que o sol se manteve tão firme numa tarde que pedia
desesperadamente o inverno? Não sei, mas tenho uma hipótese lírica: o sol veio
brindar um dia muito especial, a data em que a ex-poetaluna Caroline de Almeida
Rocha comemora mais um ano de luz, mais uma primavera brilhante contrapondo-se
ao rigoroso inverno!
Caroline Almeida foi uma das minhas artistalunas mais
aplicadas que tive na Escola Municipal Alcino Francisco da Silva. Não havia
desafio lírico que ela não topasse; às vezes, quebrava a cabeça, negava o
talento poético natural, mas a febre criadora lhe cutucava e lá estava ela
escrevendo, escrevendo e vencendo com lirismo todos os desafios e limitações;
não havia fronteiras para ela: mesmo que sentisse a alma derrotada, seu lirismo
sublimava e ela sempre vencia sua luta lírica com os desafios da busca da
palavra certa, que mantém o mundo da imaginação a girar pelo infinito. Não é à
toa que, em quase todos os projetos que lancei no ano passado, ela estava à
frente, rainha da arte a dar xeque-mate nos reis da realidade sem arte.
Em sua homenagem, compartilho mais uma de suas obras-primas
(já há várias delas aqui pelo blog, como nas postagens do “Arcadismo Teen 2012” , nas “Histórias de
meninos e meninas más”, nos vídeos dos saraus e no “Movimento da Semana de Arte
dos 22 – Poetas mais que modernistas”), feita em parceria com o também
ex-poetaluno Juarez Júnior Charles Maia, após uma oficina textual de descrição
poética (parecida com aquela que fiz e descrevi na crônica “Pensamentos de um
estudante de Letras”, com o acréscimo do filme “De Encontro com o amor”, onde o
personagem, um escritor inventado chamado Weldon Parish, dá lições de descrição
poética – em breve, mais textos desta oficina estarão disponibilizados no
blog).
Desde que ensinei a Caroline de Almeida as características
do Arcadismo, somados um ano depois ao Modernismo, ela passou a se identificar
com as propostas do “Carpe Diem” (“Aproveite o dia”, em latim, que significa
que os eus líricos devem sempre aproveitar o máximo seus dias, pois têm
consciência de que a vida é breve e tudo é passageiro demais para não ser
aproveitado) e, em quase todos os poemas e prosas poéticas que ela produzia
sozinha ou em conjunto, essa filosofia árcade, de vez em quando, reaparecia. A
prosa poética de hoje é um belo exemplo disto e, como as poetalunas
aniversariantes anteriores com quem compartilhei solidões poéticas, Caroline de
Almeida, acompanhada de Juarez Júnior, mantém a tradição: ela faz aniversário,
mas quem é presenteado com uma oferenda lírica de fodástica beleza é você,
amigo leitor!
Parabéns a Caroline de Almeida por mais uma primavera lírica
(espero que nunca abandones esse lirismo suave e natural que trazes em ti) e
boa leitura, amigo leitor, é hora de balançarmos as folhas e a imaginação!
Balançando as folhas e a imaginação
(Caroline de Almeida Rocha e Juarez Júnior Charles Maia)
Hoje o sol
não apareceu, mas os pássaros continuam a cantar alegremente com seus cantos
que acalmam a alma.
Quando olho
para o céu nublado, me sinto triste, pois vejo as nuvens com uma vontade enorme
de chorar e o sol escondido entre elas parece não estar a fim de aparecer.
O vento vai
e vem, balançando as folhas, fazendo um som encantador, parece até que estou em
um filme.
Fecho os
meus olhos e tento me imaginar daqui a alguns anos, quando essa paisagem linda
e maravilhosa não puder mais existir, quando o canto dos pássaros acabar e as
nuvens chorarem pra valer...
Como seria? Não sei... Mas,
enquanto isso não acontece, vou aproveitar o máximo que posso...
Lindo e nostálgico!
ResponderExcluirParabéns aos dois! Espero ler mais e mais os seus escritos!
Lindo demais!
Simone Guerra