Nos séculos XVII e XVIII, era moda: barões atiravam nos papéis do mundo
suas máximas e deboches. Hoje tenho o prazer de trazer o barão que nunca
existiu, o barão dos séculos XX e XXI, o Barão de Macabéa! Esse personagem
dispensa apresentações; nascido entre um livro de Clarice Lispector, uma ironia
de Machado, um dia de mau humor de Dalton Trevisan e um porre de Bukowski,
autor de um único livro (“Dona Clarice e seus 2 Machadinhos”), suas máximas
demonstram sua personalidade liricamente debochada e petulante.
Amigos leitores, bem-vindo ao universo sarcástico e lírico do Barão de
Macabéa!
Máximas do Barão de Macabéa
Todo analista do comportamento humano cai no labirinto sem saída de
Clarice Lispector: depois de tanto analisar a estupidez de todos os seres,
chega à epifania de que o maior estúpido dos humanos é um ser genial chamado ele
mesmo.
Uma senhora rica que se reconhece num vagabundo não é um ser despertado
para a desigualdade no mundo. Sua sensibilidade burguesa é apenas uma forma
grotesca de fazer poesia com o MST pra mantê-los bem longe de seus latifúndios.
É uma senhora egoísta e gananciosa, uma ninfomaníaca da literatura: quer foder
com todos os personagens famintos, enquanto mantém sua dieta de leitinho com
peras maduras.
Machadinho manda beijinho no ombro pra São Francisco de Assis toda vez
que vê um leitor sensibilizado com um conto ‘humano’ de Clarice.
Muito bom!!!
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