sábado, 13 de agosto de 2011

Mais um poema noturno: Vampiros de Valença

Sábado à noite, momentos festivos na cidade de Valença/RJ, devido à tradicional Festa de Nossa Senhora da Glória, padroeira da cidade, nada mais adequado que um poema dedicado aos vampiros locais do interior do Estado do Rio de Janeiro:


Vampiros de Valença

Os professores vampirizam os alunos alunos de seus alunos.
Os pais vampirizam os filhos filhos de seus filhos 
donos de heranças ricamente falidas.
Todos querem sangue, qualquer coisa quente
que os faça esquecer do vazio de ser ser humano.
E a noite aguarda seus próximos filhos, prósperos vampiros
pobres ricos índios loucos poetas
caretas velhos caducos crianças
brancos pretos cafusos adultos doentes
padres freiras mães adolescentes.
A noite é o berço da utopia, do comunismo, do solidarismo:
a noite é uma revolução estática.

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