Dando continuidade às notícias poéticas compartilhadas à
beira do fim do mundo (segundo os maias, dia 21 de dezembro, acaba tudo), hoje
divido com vocês um fodástico poema do grande poeta valenciano Alexsandro
Ramos, mais conhecido como Sandrinho da Getúlio Vargas. Com um estilo
extremamente lírico, rico em linguagem coloquial e de apurada simplicidade,
Alexsandro nos dá sua visão do fim do mundo e de tudo que se ouve dizer por aí.
Para os amigos leitores refletirem sobre o que ouvem dizer
dos fofoqueiros de plantão que pouco têm a esclarecer a nossa população.
Eu apenas ouvi dizer
Eu ouvi dizer que o mundo iria acabar,
que tudo ia ser direito, mas notei algo errado,
eu nem sabia que esse mundo tinha sido inventado.
Eu ouvi dizer que o amor andava lado a lado com a paixão,
fui acreditar em tal coisa, magoei meu coração.
Apenas ouvi dizer que era linda a amizade,
mas era sonho, acordei e cai na realidade.
Ouvi dizer que a guerra era coisa passageira,
mas, ao contrário de tudo, se revoltam por bobeira.
Na política, que engraçado, prometeram melhorar,
que o salário iria aumentar, que o Brasil iria crescer,
por favor, não sei de nada, eu apenas ouvi dizer.
Ouvi dizer que foram a lua, até em Marte chegaram,
mas aqui no nosso planeta a fome não enxergaram.
Ouvi dizer que o desmatamento iria de vez acabar,
ja tô quase acreditando, não tem mais onde cortar.
De tudo que ouvi dizer, ainda tenho esperança,
penso em mundo melhor, sem fome e sem miséria,
sem guerra, sem ambição, sem crime e corrupção.
Um mundo bom para mim, que seja bom para você,
mas não me pergunte nada, eu apenas ouvi dizer.....
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