Posto hoje um poema antigo que escolhi declamar com Janaína
da Cunha ontem, na maravilhosa 5.ª edição do identidade Cultural &
Movimento Culturista. Publicado em meu segundo livro, “Promessas desfeitas”, de
1997, o velho poema juvenil “As últimas vertigens” reflete uma parte ainda
ingênua de minha poética e uma dor de cotovelo aborrecente finalmente superada.
Com todas suas qualidades e defeitos, merece ser aqui relembrado, por sua busca
humana pela ressurreição humana após uma desilusão amorosa, acontecimento comum
em nossas solidões coletivas.
Espero que curtam essas juvenis últimas vertigens, amigos
leitores; passemos por elas pra nos desiludirmos, pra encontrarmos uma ilusão
melhor.
As últimas vertigens
Eu já perdi muitas noites de sono
Viajando por jardins
Em busca da verdade
Em busca de água, para minha sede
Mas só encontrei espelhos
Em que refletiam o mesmo eu
O mesmo tolo sonhador.
Não quero mais aquelas paisagens
Paisagens só me trouxeram ilusão
Busquei água onde era deserto
E perdido nas vertigens
Eu vi o seu rosto fugindo
Eu vi a dor.
Não quero mais isso!
Por favor, vá embora!
Mas me deixe um cobertor
Pra cobrir a morte nos seus olhos
Pra cobrir o que restou.
As sombras do amor as vezes nos deixa atordoado,sem saber para onde fugir depois que passa...!!!Desabafador e dá aquela sensação de corrida para se livrar da angustia passada!!!Abraço e otima tarde!!
ResponderExcluir