Hoje, dia 25 de julho, não é só dia do escritor. Hoje faz 56
anos que o navio italiano Andrea Doria, que seguia para Nova York, naufragou
após se chocar com o Stockholm (sim, o nome da linda canção, composta por
Renato Russo, foi retirada desse fato histórico). Hoje faz 38 anos que a banda
AC/DC lançou o seu primeiro álbum após a morte do vocalista Bon Scott, “Back in
Black”, que já vendeu mais de 40 milhões de cópias no mundo inteiro (lembremos
o refrão da canção- título: “'Cause I'm back! Yes, I'm back! / Well, I'm back! Yes, I'm back!
/ Well, I'm baaack, baaack... / Well, I'm back in black, / Yes, I'm back in
black!” – traduzindo: “Porque eu estou de volta! Sim, eu estou de volta
/ Bem, eu estou de volta / Bem ,eu estou de volta, volta / Bem, eu estou de
volta do luto, / Sim, eu estou de volta do luto!”). Hoje é dia do motorista,
dia de refletirmos os perigos das rodovias, é dia de pisar no freio da morte e
se dirigir atento de volta pra vida. Sim, hoje não é só dia do escritor, é dia
daquele que, mesmo em luto, eterniza o mundo com palavras de vida.
Voltemos à vida, leitores, escrevamos, leiamos, voltemos
sempre de volta do luto!!!
O escritor, enlutado, a vida ativa
Andrea Doria
naufraga quando, saindo da Itália, pra Nova York seguia,
Mas o navio italiano afogado agora é título de uma canção
brasileira e bonita
Que reflete as águas que nos afogam, as lágrimas infinitas,
A dor enlutada se tornou uma composição imortalmente ferida,
Viva Legião, viva o compositor, viva o escritor, viva a
vida!
Enquanto as rodovias cansadas pelas arbitrariedades dos
motoristas
Choram asfaltos de sangue, falta de freio e excesso de
gasolina,
Entre o caixão e a enlutada família, o poeta escreve uma
nova elegia:
Hey, minha gente sofrida, veja o morto se levantar, veja uma
nova vida.
Meus heróis morrem de overdose todos os dias,
Assim como falecem ideologias em todas as esquinas,
Os Bons Scotts morrem em bons scotchs todos os dias,
A arte maltrapilha caminha pelos casarões em ruínas,
Mas, tudo que na vida se arruína, na arte se eterniza,
Na escrita, tudo ressuscita (até mesmo aquela praça
destruída
Na administração falida – eis as palavras, elas estão vivas,
Até a minha praça arruinada de frente pra Rua Azael Farina
Está sendo reconstruída pelos sonhos do escritor, pela
imaginação ativa).
Estamos de luto, mas a poesia está viva!
Estamos de luto, mas a prosa ressuscita!
Estamos de luto, mas temos a escrita!
Estamos de luto, mas voltamos pra vida!
Perfeito! Todos os dias acontecem coisas que marcam e ficam na história, e é inspirado nesses acontecimentos que o poeta, ou escritor, escreve e se eterniza... Um dia iluminado p vc! Bjs
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