Mais uma vez, compartilho minhas solidões poéticas com o poeta curitibano Paulo Ras. Aproveitando as festividades carnavalescas, Paulo Ras traz sua visão lírica e ácida (com doces doses de festiva ironia anti-festiva) para esse evento tradicional de folia e alienação. Dedicado aos que não são muito fãs desse período de euforia popular. Aos que gostam, vale a leitura de uma opinião oposta liricamente bem escrita (lembrando que o blog abraça toda a diversidade de poemas e opiniões, prós e contras, e, seguindo essa harmonia contraditória, meu blog samba parado nos paradoxos em movimento):
Carnaval.
Carne.
Carnal.
Desfilo meus olhos.
Cores.
Caleidoscópio intenso.
Intensiva loucura coletiva.
Tranco-me.
Olho passos.
Vejo danças.
Delírio alegórico.
Circo sem pão.
Palhaços sem graça.
Olhos felizes.
Paradoxos.
Fecho a porta.
Fecho as janelas.
E se for contagioso?
MUIIIIIIIIIIIIIIIIITOOOOOOOOOOOOOOOO BOMMMMMMMM! Literalmente um poema que provoca o "riso carnavalizante" rs.
ResponderExcluir"Lá vai nossa gente.
ResponderExcluirBecos trôpegos de paralelepípedos
cambaleia a gente
soluços, gemidos.
Indiferente, a tribuna faz nada
Tudo está feito:
- Até o riso nós cercamos."