A terceira postagem da goleada de 7 que posto hoje é um
poema inédito de minha autoria, feito em homenagem aos 3 anos do Programa
Litteratudo, da TV Cidade, de Taubaté/SP.
O programa Litteratudo, idealizado, produzido, dirigido e
apresentado pelo artistamigo Luiz Antonio Cardoso, merece destaque por ceder
espaço democrático para divulgação de diversos artistas contemporâneos – fato
raro na programação da maioria dos programas de outras emissoras, tão
despreocupados com os novos talentos da nossa sempre rica literatura – e
contribuir com enriquecimento do conhecimento cultural de nossos
telespectadores.
O poema “Remininiscências de Litteratudo” foi escrito por
mim, no final de maio, para que fosse declamado no Sarau que o Programa
Litteratudo – Especial de Aniversário de 3 anos – que foi ao ar no dia 30 de
maio (compartilho com vocês, além do poema, o vídeo do programa. Vale a pena
assisti-lo: os poemas declamados - nacionalmente e internacionalmente
consagrados - nesse sarau de aniversário
são de uma qualidade fabulosa [ainda tive o prazer de ter e ouvir um poema de
minha autoria - um filho meu - declamado por outra pessoa, o mestre Luiz
Antonio; agradeço o carinho com o meu poema-filho na declamação]. O violinista
dá um toque encantador ao sarau. Destaco também a interessantíssima matéria
sobre Câmara Cascudo, o escritor e pesquisador de nosso folclore mais fodástico
de todos os tempos.). Tomei como base para a produção do meu poema – de estilo
bem livre - um eu lírico que relembra de sua relação com as primeiras palavras
(e, consequentemente, seu Litteratudo) aos 3 anos de idade (intencionalmente, a
mesma idade que o Programa Litteratudo comemorava).
Que o Programa Litteratudo tenha programação eterna na
emissora de nossos corações, amigos leitores!
Reminiscências de Litteratudo
Aos três anos de idade,
conheci as Palavras.
Depois de tanto tempo mudo,
despertei pras suas máginas.
Ah, Palavras, musas, fadas,
eu as balbuciava
e assim cresceram os primeiros castelos
no meu mundo,
onde outrora não havia nada:
ma-mãe, pa-pai, pa-
lavras
sobrevoando como pássaros
o céu de minha boca
outrora tão calada.
Hoje falo muito:
em poesia, em escritura,
na literatura, no littera-
tudo,
as palavras dançam em minha boca,
fazem-me cócegas de vida
nos dias de luto.
Aos três anos de idade,
conheci as Palavras.
Depois de tanto tempo obscuro,
encontrei a luz da Eternidade!
Maravilha!!!
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