LXXV
A justiça é mesmo cega e mal administrada! Assassino convicto, lancei, em 1981, a Crônica de uma Morte Anunciada. Crime sem castigo: vários civis desarmados, pedindo autógrafos do livro, mas nenhum homem com distintivo pra levar o criminoso algemado ao inquérito do assassinato confessado. De que adianta tanta veracidade na fantasia se a polícia nunca leva a sério o meu instinto criativo homicida? Pra que serve um crime planejado com a perícia da imaginação se nenhum leitor investigador me leva pra fazer uma visita imaginária em sua prisão?
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