Pra introduzir esse poema, escolhi nenhuma introdução.
Talvez nem me seja um poema; apenas um desabafo (só um esclarecimento: Caliban
é um personagem da peça “Tempestade” de Shakespeare, mal visto, ele se
contrapõe ao Ariel, considerado o bom moço. Caliban também foi usado na poética
de Álvares de Azevedo como representação de seu lado mais obscuro e obsceno, em
oposição ao outro, mais romântico e ingênuo):
Às vezes, um gênio ruim toma conta de mim
Talvez um Caliban, um resto de poesia adolescente
Que me defende desse ser adulto que me sugerem.
Dói ser maduro, planta pronta para apodrecer,
Dói fingir de mudo quando o mundo faz gritar - dói muito...
Mas emoções não entram em academias.
Desculpem-me: não sou gênio literário,
Nem poeta modelo para questões do vestibular.
Me vi nesse poema!
ResponderExcluirÉ isso aí!Bela representação de Caliban!
ResponderExcluirSer o anti-herói não é necessariamente ser o vilão, mas sim, você mesmo.