É com prazer imenso que compartilho minhas solidões poéticas
com o professor e poetamigo teresopolitano Fernando Vieira. Conheci Fernando na
E. M. Alcino Francisco da Silva, onde lecionamos. Certo dia, ele me informou
que escrevia umas ‘poesiazinhas’ de vez em quando; então pedi que Fernando me
enviasse suas obras poéticas. Depois de algum tempo, abro minha caixa de
e-mails e me deparo com as ‘Poesias completas’ de Fernando, baixo o arquivo,
começo a ler junto da poeta e companheira Juliana Guida Maia e - PQP! – é
POESIA BOA PRA CACETE, DO CARALHO! As ditas ‘poesiazinhas’ de Fernando Vieira
são algumas das maiores obras-primas poéticas que já havia lido de autores
contemporâneos dos últimos tempos, de raríssimo lirismo, simplicidade sublime e
sensibilidade e razão extremamente bem medidas. É raro, nesse universo de
comedidos ‘homens de bom gosto’, que prezam pela mesmice tediosa, encontrar
poetas fodásticos, que seduzem as palavras com o lirismo mais apurado, como
ele.
Em tempo: o fodástico poema que posto hoje me lembra a
poética simbolista de Cruz e Sousa e será lido no Sarau Solidões Coletivas In
Bar de hoje, dia 17 de novembro, no Bar e Restaurante Costelão, no Bairro
Getúlio Vargas, em Valença/RJ, às 19h. Não percam!
AS ALMAS
Eram alvas
E calmas
As auras
Das almas...
Brilhavam como
Estrelas-d ’alvas
E se abriam
Como as valvas,
E curavam
Como as malvas...
Eram salvas
Pelas palmas
Do Criador.
Hoje são trevas,
São calvas
De auras.
São penadas almas
Sem luz,
Sem brilho,
Sem nada.
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