Hoje, dia 08 de novembro de 2012, o escritor mestre do terror Bram Stocker, criador de "Drácula", faria 165 anos, Em homenagem a ele, compartilho minhas solidões poéticas mais uma vez com Juliana Guida Maia, autora do premiado poema vampiresco "Magnetismo da Dor".
Para os fãs de Bram Stocker e para os apaixonados por belos poemas de vampiros:
Magnetismo da Dor
(Narrações poéticas de uma noite em minha morte)
Meus olhos no escuro... é noite
A vida... morte... morte... vida
... começa
Vago na cidade...
Caminho silenciosamente em passos
leves como se fosse um elfo demoníaco
Uma criatura à parte de toda
forma de existência
Além do maniqueísmo das histórias
de Drácula, distante do bem ou do mal.
Minha tez pálida, reflexo de lua
Meus modos sombrios, ausência de
alma.
Vagando na cidade, numa esquina
cruzo com ela
E em um momento, lapso no tempo,
toco seu olhar
Ela aproxima-se, doce criança...
sedução
Desliza de meus lábios um leve
sorriso diante de sua pele clara... fina... transparente
Beijo-a na boca, e assim temos
uma afinidade descomunal
E então com o mesmo magnetismo
que toquei seus olhos
Toco seu corpo, chego aos pulsos,
sinto o quente do sangue...
Sua energia agora é minha
energia... dominação
Ela tão bela...morta, e eu,
senhor de sua vida, não vivo.
Pintura dourada no horizonte... é
quase dia...
Volto a prisão do esgoto da
cidade... não vago mais...
E isso machuca de alguma forma
este ser vazio
Não que a noite não seja
fascinante
Mas é não ter escolha o que dói
mais que a mordida do vampiro,
Que me mostra que estou
aprisionado em morte, como os humanos em vida
E que a atração que exerço neles
Vem de suas dores refletidas na
minha.
Que lindo poema Juliana Guida Maia, caramba, caramba, caramba. Cara, quase chorei. Que versos fortemente pintados de dor e emoção que voce criou. Nunca a morte foi tão vivamente chorada.
ResponderExcluirMt lindo. Quase me vi como vampiro que já devo ter sido nalgum canto da eternidade.
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