Yeah, amigos leitores, as Solidões Coletivas comemoram mais um talento surgindo na arte de fazer haicais (poemas de três versos, onde o primeiro e terceiro versos possuem 5 sílabas poéticas e o segundo possui 7 sílabas poéticas). Mérito de Marilda Vivas, poetamiga de Valença/RJ, que, através dos saraus e facebook, iniciou essa onda de paixão por essa fodástica forma poética. Hoje compartilho minhas solidões poéticas pela primeira vez com a poeta inédita Isabel Cristina Rodegheri, de Valença/RJ, mãe da poeta Juliana Guida Maia e do músico Zé Ricardo (assim, desvendamos de onde eles herdaram tanto talento!). Em surpreendente produção febril, descobrimos as novas 'brincadeiras' de Isabel Cristina: nesses dias nublados de novembro, a artista recém-descoberta nos revela seus haicais, ricos em síntese filosófica e emoção cativante (sim, ela consegue equilibrar razão e emoção como poucos poetas malabaristas conseguem) e iluminados pelo mais alto e raro lirismo. Sim, existe um arco-íris lindo sorrindo no céu, após as chuvas tristes, e o tesouro contido nele está na poética de Isabel Cristina Rodegheri.
Encontramos o tesouro no final do arco-íris, amigos leitores, e ele está logo aí abaixo em dourados haicais:
Ventos que sopram...
Esparramadas no chão
Folhas que caem.
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Escura noite...
Vagando pelas ruas
a vil criatura.
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A chuva caindo
Na vidraça da janela:
Fria solidão.
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Perfumes e cheiros,
Lembranças de tempos idos.
No ar, minha infância!
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Lágrima que cai
No rosto de uma criança:
Sonho que se vai...
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Na pálida luz,
Uma vida fragmentada
Com pedaços meus.
Lindo!
ResponderExcluirLinda! Perfeita! Maravilhosa! Talentosa! Amo Amo Amo! Haicais lindos e delicados como ela!
ResponderExcluirÉ meu amigo Carlos, bons ventos poéticos te trouxeram Ju. Belíssimos haicais mesmo Srª Isabel Cristina. Todos tão sensíveis e incrivelmente tranquilos (foi essa a sensação que eles me transmitiram). Tenho o último como meu preferido.
ResponderExcluirJu, tem que babar mesmo. rsrsrs