Esse tempo meio nublado, esse estranho frio de agosto me
fazem lembrar um dos poemas mais fodásticos que já li da poeta valenciana
Juliana Guida Maia: o poema neo-concretista melancólico “Horas mortas”. Para
que os leitores possam ler a obra no formato apropriado dos versos, posto a imagem dele na folha. Compartilho solidões poéticas com Juliana Guida Maia por três
motivos:
Motivo 1 – O poema dela é fodástico, já falei.
Motivo 2 – Esse poema está na lista dos poemas que
declamarei amanhã no evento Identidade Cultural & Movimento Culturista, na
Rua da Carioca, 10, Rio de Janeiro/RJ, às 11:30h.
Motivo 3 (e nem um pouco menor que os anteriores) – Diante
de uma semana tão degastante, tô meio emo hoje, com uma saudade danada da
Juliana, que, como bem me lembra Renato Russo, que é só ela “que tem a cura pro
meu vício de insistir nessa saudade que eu sinto de tudo que eu ainda não vi”.
Boa leitura, amigos leitores, e que as nossas horas mortas
sejam resgatadas pela mãos ressuscitadoras da Poesia.
Horas Mortas
Horas mortas
Criatividade morta ...cansaço
Meu coração em
repouso...repouso angustiado
Era pra ficar uma saudade ...
mas o que fica é uma tristeza
Pálida , simples...calada...
uma vontade de deixar de ser ...não acontecer
Anoitecer o coração, e o
sonho que era tão bom...agora é pesadelo... suor noturno ...alucinação.
Escrever pouco, falar pouco,
cantar quase nunca, não chorar , não reclamar ... amar..pra que?...apenas
Rsrs, emo é otimo. Bem o que esperar dos amantes de belos versos, senão o encontro numa grandiosa Epopeia.
ResponderExcluirMaravilhosamente sublime
ResponderExcluirinspirado neste belo poema
nasce do espontâneo, este poema
como um grito, um poema sem pretensão
nenhuma, mais nascido do ventre de um belo poema
que acabei de alumbrar-me.
o som de um toque
não chegam na porta
nem um ecoar de meu nome
gritado por outra boca
não chega em minha janela,
moldura expressionista onde apenas
vislumbro paisagens em preto e branco
correspondendo o meu sentir nestes lapsos instantes
Hora morta
o que vier nesta hora
nada importa
apenas sentir,
e calar-se.
Carlos Orfeu