Hoje encerramos com um toque feminino de eternidade a
trilogia de diálogos poéticos entre as solidões compartilhadas de Raquel Leal e
Cíbila Farani. Trago (em todos os sentidos, de trazer, de sorver, de degustar,
em resumo, de, com olhos, me encantar viciosamente por tamanho lirismo a ponto
de desejar espalhá-lo pelos quatro cantos desse quarto lírico chamado mundo em
solidões coletivas) o fodástico poema-resposta-homenagem-a-Cíbila-Farani, escrito
por Raquel Leal.
Sim, os poemas estão livres, LIVRES!!! E como eles voam!...
E como suas asas femininas levam nossos olhos aos céus, amigos leitores!
Duas eternas meninas
Duas meninas
quase clandestinas em uma sociedade burguesa e arcaica
que não as absorveu.
São intensas demais para isso.
Revolucionárias suas valsas o bom e velho Rock and Holl!
Suas tranças cabelos ao vento, a chuva, a noite...
Libertárias fizeram dos vestidos de princesa calças Jeans e
blusinhas pretas.
Quem são essas meninas?
Agres frutos doces da liberdade de expressão.
Julietas que cavalgam seus cavalos brancos em busca de um
Romeu tão libertário quanto elas.
Valquírias recolhendo seus próprios corpos quase mortos em
batalhas desleais.
Enfermeiras da alma acariciando seus ideais.
Gatas que lambem suas feridas e se fazem prontas para o
próximo voo. Gatas com asas.
Ainda e sempre duas meninas.
Libélulas coloridas em busca de água.
Mas quem mataria suas sedes quando um oceano de sonhos as
pertence?
Essas meninas são mulheres demais para caberem nas mãos de
simples mortais...
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