Hoje acontece, em Valença/RJ, o tradicional e super-movimentado "Baile a fantasias", evento muito acolhido pelas recentes gerações admiradoras da festa sem limites e sem consciência (não condeno a folia; mas sim a falta de consciência antes, durante e depois dela). Como a contemporaneidade é muito dada a um desfile de máscaras, deixo hoje o meu poema "Nós", publicado no meu terceiro livro "Note or not ser" (2001), pra lembrarmos um pouco do que somos, ou melhor, muito do que fingimos ser:
Nós
Nós somos professores
se fazendo de alunos.
Nós somos uma única certeza
e um milhão de mentiras.
Nós somos um baile de máscaras
em pleno 7 de setembro.
Nós somos autênticos
até quando mentimos.
Nós somos os marginais emergentes
da América do Tio Sam.
- Nós somos brasileiros.
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