Como em toda comemoração do Dia Internacional da Mulher, uma
semana antes dessa data especial, pedi que meus alunos da Escola Municipal Alcino
Francisco da Silva, em Teresópolis/RJ, votassem na artista mulher que eles
desejavam que eu destacasse em 2013. Em 3 salas das 4 nas quais leciono, MC
Anitta ganhou a eleição de artista mulher destaque. Confesso que primeiro fiz
careta, mais por desconhecimento da fodástica artista que por desprezo ao valor
artístico da artista, porém cumpri o prometido e estudei a vida e arte de MC
Anitta.
Apesar de eu não ser muito fã do ritmo funk carioca, admito
que me rendi ao som e estilo de Anitta, bastante diferente da postura de outras
musas do funk de outrora. Anitta criou uma nova persona para a funkeira: ela é
a menina má, meiga e abusada, que não permite que os homens a tratem como
objeto de seus desejos; ao contrário, os eus líricos das canções de Anitta usam
e abusam dos rapazes e, se eles não se portarem bem, são descartados e,
dependendo da ofensa, humilhados pela menina má. Trabalhei com os alunos,
principalmente, a canção “Menina má”, sucesso nas 4 salas em que apliquei a
atividade. A partir daí, tecemos comparações com a Menina Má, do livro
“Travessuras da Menina Má”, do escritor ‘nobel de literatura’, o peruano Vargas
Llosa, e com a “boneca má”, de uma canção da banda carioca de rock Leela.
De todas as atividades, a que mais deixou os alunos vidrados
foi o clipe oficial da canção “Menina má”, cujo enredo conta-nos a história de
uma menina que, após ser rejeitada e humilhada pela sua paixão de infância
(todo garoto e garota, entre 8 e 16 anos, já passou por isso em algum momento
de sua vida escolar rs), torna-se uma garota má e, com o passar do tempo,
vinga-se do ex-amor. Percebendo a fascinação dos alunos por Anitta e pelo clipe
“Menina má”, pedi que eles produzissem um conto, recontando ou recriando, cada
um à sua maneira, a história de amor e vingança do vídeo dado.
Abaixo tenho o prazer de compartilhar com vocês alguns
desses fodásticos contos de garotos maus e meninas más. Mostrando talento e
dedicação, os alunos-escritores dos oitavos e nonos anos da Escola Municipal
Alcino Francisco da Silva trazem grandes releituras da história do clipe
“Menina má”: alguns mantiveram a história original do clipe, modificando o foco
narrativo – uns interpretando o papel da menina má, outros do rapaz, vítima da
vingança da menina má -; outros construíram uma história completamente
diferente do clipe, porém mantendo a essência de amor, desprezo e vingança;
outros associaram a canção de Anitta a músicas de outros cantores (como “Baba,
baby, baba”, de Kelly Key, e “Eu me apaixonei pela pessoa errada”, do grupo de
pagode Exaltassamba); outros se basearam em episódios de séries de sucesso como "Todo mundo odeia o Chris"; outros modificaram o final da história, alteraram nomes,
mudaram espaços ou inverteram os papéis do roteiro original (há, por exemplo,
“Um menino mau”, de José Vitor e Rafaela Ribeiro, que lembra aqueles contos
cruéis do premiado contista paranaense Dalton Trevisan; já “A menina má de
Athirson” faz o protagonista de gato e sapato do começo ao fim; enquanto em “O
aprendizado de Rayssa”, inspirado em fatos reais, segundo a escritora, termina
com uma reflexão, e não uma vingança), seja como for, todos mostraram talento e
genialidade para construírem narrativas envolventes de amores, dores e
vinganças. A coletânea ainda inclui um poema inspiradíssimo na canção, feito
por Wanessa e Lizandra, sem preocupação de receber pontos extras pela atividade!
Preparem-se, leitores, pois vocês estão prestes a conhecer
grandes contos de fortes emoções e terríveis vinganças contra aqueles que
rejeitam o amor da infância!
(E não percam: amanhã trago a minha releitura da Menina Má,
um conto inspirado nas obras fodásticas dos meus alunos-escritores!)
Chagas no coração
Eu me
lembro quando estudava na 3.ª série. Gostava muito de um menino chamado
Jonathan, Era bom, pois, pelo menos, ele falava comigo; achava que eu
gostava dele só como amigo.
Um dia eu tive
coragem e escrevi tudo que sentia por ele. Pedi a uma amiga para que entregasse
a carta e fiquei vendo de longe como ele iria reagir. Quando ele abriu e leu a
carta, rasgou-a, depois se aproximou de mim e disse:
- Nunca vou
querer você! Você é muito criança pra mim, vê se enxerga!
Então saí
correndo para o banheiro com o coração cheio de chagas. Eu o amava e ele só me
ignorava. Cansada de ser desprezada por ele, resolvi fingir que não gostava
dele, mas não deu certo.
Quando eu
estava na 6.ª série, finalmente me curei da paixão doentia que sentia por
Jonathan. Foi quando ele reapareceu, chegou até mim e me pediu perdão por tudo
que me fez sofrer, me levou até flores.
Mas era
tarde demais: eu estava namorando um menino maravilhoso e que sabia me dar valor.
Jonathan, arrependido, me liga até hoje e não me deixa em paz. Mas virei uma menina
má para ele e não volto atrás!
(Michaela Pacheco e Tainara Francisco – 8.º Ano A)
O aprendizado de Jakeson
Aos 8 anos
de idade, Jakeson descobriu que gostava de uma menina chamada Vitória, mas ela,
sempre acompanhada de suas amigas, nunca dava ideia para ele.
Certo dia,
ele acordou com um pressentimento. Ele pensou que conseguiria ficar com ela se
lhe presenteasse com um buquê de rosas vermelhas. Jakeson procurou emprego, mas
não conseguiu nenhum. Então resolveu juntar sua mesada, comprou o buquê e deu o
presente para Vitória, junto com uma carta. Ao ler a declaração de amor, ela e
suas amigas ficaram caçoando dele. Jakeson viu tudo aquilo triste e foi embora.
Com o
passar do tempo, Jakeson pensou em se vinga dela. Numa balada, ela finalmente o
notou e quis ficar com ele, mas Jakeson lembrou do episódio passado e deu um
fora nela também. Mostrou para Vitória que não havia apenas ela no mundo.
Depois da infância, Jakeson viu que havia muitas mulheres melhores que ela.
(Renan Branco, Felipe e Jeferson – 8.º Ano A)
Triste fim de Joselinda
Havia um menino
que se chamava Josecrédio, que gostava muito de uma menina chamada Joselinda.
Ela era muito linda, mas nunca dava bola para Josecrédio. Ela era muito linda,
mas nunca dava bola para Josecrédio. Ele nunca desistiu. Mesmo sempre tentando,
ela não perdia a oportunidade de dar um fora nele.
O tempo foi
passando e ele cada vez tomando mais raiva dela, pois ela chegava perto dele,
chamava-o de feio, nojento, colocava-o pra baixo e se colocava lá em cima,
poderosa e bonita.
Eles
ficaram mais velhos: Josecrédio se tornou um rapaz legal, maneiro e Joselinda a
mesma nojentinha de sempre. Só que ele tinha vários amigos e uma namorada muito
mais bonita que ela. Joselinda até ficou um pouco feia, de tão nojenta e
egoísta. Tanto que acabou ficando sem ele, sem amigos, sem ninguém.
(Jhekson William de Almeida Ramos, Caio de Oliveira Garcia e
Nathan Machado Souza – 8.º Ano A)
O troco
Quando João
era pequeno, gostava de uma menina chamada Maria, que não gostava dele.
Um dia,
João escreveu e entregou uma carta para Maria. Ela, para zoá-lo, começou a
mostrar a carta para suas colegas, que começaram a rir dele.
O tempo
passou, João cresceu e virou um grande artista, muito famoso.
Um dia, Maria e João se
reencontraram em uma festa. Maria pediu para ficar com ele, mas João, no meio
de tantas pessoas, esnobou Maria, colocou-a pra baixo e todo mundo ficou rindo
dela. Após isso, ele ainda disse:
- Esse é o troco!
(Patrick Lorran e Cristian – 8.º Ano A)
O menino bom e o menino mau
Joãozinho
era um menino muito legal, que gostava muito de Maria. Ele ia falar com ela,
mas Maria nunca dava confiança para Joãozinho.
Mesmo ela o desprezando, ele não
perdia as esperanças, tanto que, um dia, tomou coragem e entregou uma carta de
amor para Maria.
Ela foi correndo com suas amigas
para ler a carta e ele foi atrás delas escondido para ouvir o que Maria acharia
de sua declaração. Quando começou a ler as coisas que Joãozinho escreveu, Maria
achou tudo horrível.
Então ele a odiou como nunca
havia odiado alguém antes.
Alguns anos se passaram e Maria
se esqueceu de Joãozinho. Mas ele não se esqueceu de Maria.
Ele ia fazer da vida dela um
inferno!
Conforme os anos se passaram,
Maria se esqueceu como João era e não sabia que o jovem de quem ela gostava era
Joãozinho.
Então ele a desprezou do mesmo
jeito que ela o desprezou no passado.
(Rodrigo da Silva Pimentel – 8.º Ano A)
O aprendizado de Rayssa
Rayssa era
uma menina doce e meiga, até que, um dia, apareceu um menino pelo ela qual se
apaixonou. O menino falou que também gostava dela, mas depois começou a namorar
outra pessoa. E deixou Rayssa de lado.
Depois de
um tempo, ele largou a namorada e disse que estava apaixonado por Rayssa e que
ela era o amor da vida dele. Rayssa já estava feliz sozinha e lhe disse não.
Foi nesse
momento que ela aprendeu que não se deve acreditar em qualquer pessoa, nem em
qualquer “eu te amo”. Dizer “te amo” qualquer um diz, mas amar de verdade são
poucos os que amam.
(Lorraine e Rayssa – 8.º Ano B)
A menina má de Athirson
Athirson
era muito bonito. Com 10 anos de idade e morando na Volta do Pião, ele gostava
de uma menina muito bonita chamada Daiara, que tinha 9 anos e era sua vizinha.
Certo dia,
Athirson enviou uma carta pra ela, dizendo que a amava. Ela pegou a carta e foi
ler com as amigas. Elas ficaram zombando dele.
Então eles
cresceram, ficaram adultos e ela continuava não dando a mínima pra ele.
Um lindo
dia, Athirson estava passando em frente á casa de Daiara e ela o chamou pra
entrar. Empolgado, ele entrou e lá Daiara o amarrou na cama dela. Ela ficou
provocando-o, dançando na frente dele só de calcinha e sutiã! Athirson ficou
babando! Mas ela achava graça em ver ele babando por ela.
Daiara
ficou sendo pra sempre uma menina muito má com Athirson.
(Athirson – 8.º Ano B)
Claro que não!
Havia na escola uma
menina linda que eu conheci no ano retrasado. Uma vez, tomei coragem e pedi uma
chance de namorar com ela, que me respondeu assim:
- Claro que
não!
- Por que
eu sou feio ou sou muito chato ou babaca?
- Não. Você
não é babaca, chato e feio. Você só não faz o meu tipo de menino!
Mas ela não
saía da minha cabeça. Só pensava nela e não conseguia me concentrar nos deveres,
nem nas aulas direito.
Passados
alguns dias, ela permaneceu muito má comigo. Pedi de novo. Desta vez ela disse:
- Claro que
não! Você é muito feio e babaca!
Eu saí de
perto dela triste e todos os meninos começaram a rir de mim. Fiquei
envergonhado, saí de perto de todo mundo e fiquei sozinho chorando.
Nesse
momento, passou uma menina e me disse:
- Tadinho!
Quer ficar comigo?
- Claro que
sim! – eu respondi.
Tempos
depois, me casei com ela e a menina que eu gostava não se casou. Um dia, ela me
falou:
- Larga
dela pra ficar comigo!
E eu
respondi:
- Claro que
não! Lembra que eu te pedi pra ficar comigo e você disse “Claro que não!”?
Agora é minha vez de falar: Claro que não!
Eu me
tornei um menino muito mau e saí rindo da cara dela.
(Caio Xavier Damião – 8.º Ano B)
A virada de Jenniffer
Jenniffer
era uma menina que não gostava de ninguém. Mas, quando viu Diego, se apaixonou.
Depois de
um tempo, ela se declarou. Mas ele nem lhe deu ideia. Ela foi crescendo, porém
não esquecia o que lhe aconteceu na adolescência.
Certo dia,
Jenniffer reviu Diego. Ele estava careca, com os dentes tortos e Jenniffer
estava perfeitamente linda. Diego ameaçou cumprimentá-la, mas Jenniffer virou o
rosto e continuou andando. E nem deu ideia.
(Jenniffer – 8.º Ano B)
O arrependimento
Um dia, à
tarde, uma moça gentil e apaixonada por um rapaz, resolveu se abrir para ele,
enviando uma carta de amor.
Ele
respondeu com outra carta, dizendo que não gostava dela, que ela era feia e que
ela nunca iria ser alguém na vida.
A moça
gentil cresceu e se tornou uma mulher famosa. O rapaz, arrependido do que fez,
agora loucamente a quer. Só que agora quem diz não é ela. Agora ela arrumou
outro homem.
(Emmanuel e Cleisson – 8.º Ano B)
Dar valor depois que perdeu... Bobagem!
Num dia de
sol, no Colégio Tatalha, o único menino negro fazia suas tarefas como sempre,
até que começaram a surgir cartas com uma letra feminina. As cartas eram todas
declarações de amor de uma menina doce, que às vezes chegava a ser bobinha. O
nome dela era Kelly, conhecida por muitos como Ganibalda. Ele ainda não sabia
quem era, mas em sua mente sempre vinha a imagem de uma menina bela.
Em uma
dessas cartas, estava escrito o número dela com a seguinte frase: “ligue pra
mim”. O menino então rapidamente ligou pra ela. Quando ela disse “Oi”, ele
ficou enlouquecido com a sua voz. Então eles começaram a conversar
frequentemente.
Chegou um
dia em que ele resolveu conhecer em pessoa a tal de Kelly. De pronto ela
aceitou. No outro dia, ele chegou um pouco mais cedo ao fliperama e esperou,
esperou, esperou... Quando percebeu, lá vinha ela com um óculos fundo de
garrafa, roupa de freira e trança frouxa. Então ele disse de cabeça baixa:
- Meu Deus,
não sabia que era tão feia assim!
Quando ele
disse isso, ela, decepcionada, saiu chorando.
No dia
seguinte, o corredor da escola estava muito cheio e ele foi ver o que era.
Quando chegou, ficou estático; era a Kelly, só que toda arrumada e bonita,
igual a uma top model. Então ele foi rapidamente se desculpar, só que levou um fora
e foi xingado em 15 idiomas diferentes. E o que sobrou foi lamentar sobre o
leite derramado. Só soube dar valor depois que perdeu, mas, então, como sempre,
foi humilhado por todos da escola.
(Maiara e Stephany – Turma 8.º Ano B)
Um menino mau
José Vitor
era muito mau, rejeitava todas as meninas que mandavam cartas para ele. Um dia,
ele encontrou uma de suas vítimas na rua:
- Por que
você não quer ficar comigo?
- Por que
eu não quero me apaixonar por ninguém agora.
Mas ela
ficou muito traumatizada com a rejeição e insistiu:
- Eu gosto
muito de você!
Ele
respondeu:
- Mas o
nosso amor não pode ser correspondido como você deseja.
Algum tempo
depois, veio a vingança: ela ficou com outro garoto na frente dele.
José Vitor
nem ligou, porque não gostava dela. Mesmo assim, estranhamente, sentiu um pouco
de ciúme...
(José Vitor e Rafaela Ribeiro – 8.º Ano B)
Menina Má
No começo,
eu era jovem, gostava da vida, da família, dos amigos e, principalmente, de um
garoto. Com o tempo, pra mim, só existia ele; tudo era ele, ou seja, ele se
resumia a uma palavra: tudo.
Mas ele nem
ligava pra mim, nem me dava ideia. Mesmo assim, finalmente tomei coragem e me
declarei pra ele. O garoto que eu mais amava, mais do que tudo, me deu um fora
na frente dos amigos! Passei o maior mico da minha vida; todos ficavam rindo de
mim, mas o dia deles chegaria.
O tempo
passou, eu cresci e todos aqueles que me esnobavam agora rastejam aos meus pés.
O garoto
que eu mais amava quando eu era criança, agora me deseja. Mas agora sou eu
rejeito. Assim me vingo, pois agora sou uma menina má.
(Alana Gabriel e Victória Karollyne – 9.º Ano A)
A vingança de Anita
Na minha
época de escola, tinha uma menina chamada Anita, que gostava muito de mim; só
que ela era muito feinha. Por isso, eu não dava bola pra ela.
Certo dia,
estava indo embora pra casa e, no meio do caminho, ela me puxou pelo braço e me
entregou uma carta. Peguei a carta e fui ler com os amigos. Como eu a achava
feia, não dei bola e li a carta dando risadas com os meus amigos. Só que ela
estava escutando e eu não sabia.
A Anita
cresceu com muita raiva de mim. Ficou muito linda, ela seduzia todos com o seu
charme. Eu me arrependi de tê-la esnobado quando éramos pequenos. Quando ela
passava em frente a minha oficina, eu ficava doido diante de tanta beleza.
Certo dia,
ela entrou na oficina e começou a me seduzir. Achei que ela ia ficar comigo,
mas não: só queria me seduzir. Ela dançava pra mim e eu ficava maluco. Na hora
em que fui tentar ficar com ela, Anita saiu da minha oficina me zoando, rindo
da minha cara. Ela fez a mesma coisa que eu antes fiz com ela. Me arrependi de
tudo que fiz até hoje. Agora sou eu que choro arrependido...
(Bruno Folly e Vinicius Oliveira – 9.º Ano A)
Vergonha
Seu nome
era Luly. Ela era muito apaixonada por João e fazia de tudo para estar ao lado
dele. Mas João tinha vergonha dela. Passado certo tempo, a relação continuava a
mesma coisa.
Por
coincidência do destino, eles foram estudar na mesma faculdade. Na convivência
do dia a dia, João foi percebendo que Luly estava ficando muito linda e que
todo mundo a desejava.
Certo dia,
ele chegou até ela e disse que estava gostando dela. A partir daquele dia,
fazia de tudo para ela ficar com ele: João mandava flores, bombons, cartas e
tudo o que uma mulher gostaria de ganhar. Mas ela lhe disse que não queria
ficar com ele, porque, quando ela gostava dele, ele não dava bola a ela.
Agora é
tarde demais para João...
(Daiana Rosa e Karolainy Cruz – 9.º Ano A)
Mudanças (Baba, baby, baba)
Quando eu
era mais jovem, era apaixonada por um garoto; só que ele não me dava ideia.
Uma vez eu
lhe escrevi uma carta. Quando fui entregar, ele começou zombar de mim. Ele
estava com uns amigos dele, com os quais foi pra um lugar perto da cachoeira.
Eu os segui pra ver se ele iria ler a carta. Chegando lá, escutei um monte de
gargalhadas. Cheguei mais perto para ver do que eles estavam rindo: descobri
que estavam rindo da minha carta! Fiquei com muita raiva, saí dali correndo e
chorando com muito ódio.
Cheguei em
casa, fui direto pro meu quarto e fiquei um bom tempo sem sair de lá.
Mas o tempo
passou, eu cresci e mudei.
Hoje sou mais madura, tenho mais
conhecimento sobre as coisas. Agora é ele quem chora por mim; provoco e não
fico. Agora baba, baby, baba!
(Caroline de Almeida – 9.º Ano A)
A ex-boba esnobada
Havia uma
garotinha chamada Anitta que era apaixonada por um garotinho chamado Guilherme,
que sempre a esnobava. A garotinha ficava muito triste com isso.
Quando ela
fazia cartas ou algo do tipo, ele mostrava para os amigos e todos riam da cara
dela.
Então a
garotinha cresceu e decidiu parar de ser uma boba esnobada. Finalmente ela
resolveu se vingar. E agora ela não é mais aquela garotinha esnobada, e sim uma
menina muito má.
Um dia, ela
chegou ao trabalho da sua antiga paixão, Guilherme, e se vingou dele. Ela o
provocou, dançando na sua frente e negando beijá-lo. Ela o amarrou e o obrigou
a vê-la ficando com o amigo dele. E agora ele corre atrás dela e ela não está
nem aí pra ele.
Durante a
vingança que Guilherme recebeu, ele relembrou do que fazia com Anitta e agora
está vendo como dói ser esnobado.
Anitta se
tornou uma menina bonita, rica e poderosa.
(Larissa e Yohana – 9.º Ano A)
A festa da vingança
Bia era uma
menina boa, meiga e apaixonada por um lindo rapaz que se chamava Ricardo. Mas
ele a achava uma pirralha, por ser nova demais e ele ser mais experiente que
ela. Os dois estudavam na mesma escola; só que ele estava numa série mais
avançada que a dela.
Com o
passar dos anos, Bia se transformou em uma menina má, meiga e abusada. Decidiu
se vingar daquele palhaço que a desprezava. Dia após dia, Ricardo notou a
transformação dela e começou a se apaixonar por ela. Quando ela percebeu isso,
fez ele de gato e sapato.
Algum tempo
depois, Ricardo fez uma festa e chamou as meninas mais bonitas da escola,
incluindo a Beatriz. Nessa festa, a Beatriz foi linda, perfeita e maravilhosa,
não tinha menina mais bonita que ela. Bia usou e abusou de Ricardo e ele ficou
igual a um cachorrinho atrás dela. E ela, para se vingar dele, pegou o menino
mais bonito da festa e foi para um canto da casa com o rapaz. Ricardo foi atrás
e a viu com o garoto, na maior pegação na frente dele. Ricardo sentou-se em uma
cadeira e começou a chorar. Bia largou o menino, veio para perto de Ricardo e
fez ele lembrar todos os momentos que ele a humilhou na infância.
Bia foi
embora sorrindo, enquanto Ricardo continuava chorando.
(Luciele, Larissa e Vitória – 9.º Ano B)
Sentimentos opostos
Bruna, aos
10 anos, se encantou por Matheus, um garoto de 14 anos. Bruna era uma menina
doce, meiga e muito romântica. Já Matheus era um garoto mau, esnobe e egoísta,
que não ligava para os sentimentos que a garota sentia.
O tempo foi
passando e Bruna foi se transformando em uma mulher muito atraente, sedutora e
vingativa, a ponto de planejar uma vingança contra o seu primeiro amor que
tanto a rejeitou.
Bruna então
começou a mandar mensagens para Matheus, provocando-o muito. Ele, como não era
bobo de rejeitar aquele mulherão, marcou um encontro com ela.
No dia do
encontro, Bruna se vestiu tão bem que ficou mais bonita e atraente do que ela
já era e foi para o local à espera de Matheus. Quando ele viu Bruna, se
apaixonou perdidamente, mas ela disse coisas horríveis para Matheus.
Magoado,
Matheus decidiu ir embora, com a esperança que algum dia iria reconquistá-la.
(Marliane dos Santos Silva, Neliane dos Santos Silva e
Greiciane Matias Silva – 9.º Ano B)
Eu me apaixonei pela pessoa errada!!!
Anita era
uma menina estudiosa, alegre, uma garota exemplar. Numa sexta-feira, chegou um
aluno novo chamado Igor para a escola onde ela estudava. Foi amor á primeira
vista! Como Igor era do 9,º ano e Anita do 7.º ano, ele não dava nenhuma
importância para a menina.
Anita tinha
algumas amigas do 9.º ano, que andavam com ela. Um dia, Igor passou perto delas
e ficou olhando para Claudia, uma das garotas do 9.º ano. Como Anita era
apaixonada por ele, achou que Igor estava olhando para ela. Anita ficou toda
alegre e, ao chegar em casa, fez uma carta para Igor, dizendo que o amava
muito.
No dia seguinte, entregou a carta
para Igor. Ele começou a ler a carta e, percebendo o engano, falou com Anita:
- Naquele
dia, eu não olhei pra você; eu olhei para a Claudia! Não quero uma pirralha
como você; me esquece!
Anita saiu
correndo, chorando muito, foi pra casa, se trancou no quarto e começou a
pensar:
“Por que eu
estou chorando, se ele não me ama? Nunca mais vou chorar por homem nenhum! O
Igor vai ter o que merece!”
Anita
cresceu, ficou bonita e famosa. Igor agora trabalhava numa fazenda. Numa tarde,
Anita foi fazer uma visita a ele. Lá, ela levou-o para um canto, ligou o som e
começou a rebolar pra ele. Distraído, Igor nem notou que Anita amarrara os seus
braços.
“Agora eu
vou me vingar
Sou menina
má”
E Anita foi
embora, deixando Igor amarrado, lembrando de quando ele a humilhou na escola.
(Ana Cristina, Ana Cláudia e Igor Murta – 9.º Ano B)
A vingança da menina má
Desde pequena
recusada
Desde pequena
maltratada
Foi ignorada
pelo seu grande amor
Sofreu, chorou...
Cresceu e a vingança
no seu coração maior ficou
Hoje, se vinga, às vezes chora,
no seu coração agora
não há
mais
O amor!!!
(Wanessa e Lizandra – 9.º Ano B)
Infelizmente uns pagam pelo erro dos outros. Nos tornamos meninas
ResponderExcluirmás pelo erro dos meninos maus que um dia foram bons, mas tiveram que aprender a ser maus, bem como as meninas más. Parabéns pelo trabalho com essas "crianças". As vezes expor na arte o que sentimos alivia, além de ser uma forma de analisar o passado e o presente, tentando arrumar maneiras novas de encarar o futuro.
ola eu amei os poemas ficarão show de bola..
ResponderExcluirAmeeeeeeeeeeeeeeei muitoooo todos achei muito criativa a ideia li um por um e acho que realmente capitaram todos os detalhes , PARABÉNS !
ResponderExcluirCArlos, como sempre SURPREENDENTE!!!!! Não preciso dizer que sou fã de seu trabalho e que amei o resultado deste projeto. agora além de fã sou aluna, afinal fico saboreando de sua criatividade para utilizar com os meus alunos. Parabéns, parabéns, parabéns é mega, super pra lá de ótimo contar com um profissional do seu nível em nossa escola. "Abraçus Mineirus"!!!!!!
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