Hoje eu trago um poema inédito de
amor-viagem, um poema-trem com embarque nas loucuras das emoções-vertigens,
passagem pelos momentos melancólicos nas frequentes idas e partidas nas
estações do amor, um poema-sonho cheio da realidade cotidiana flertando com o impossível, o incabível, o que se está próximo e, mesmo assim, não se alcança,
um poema-homenagem-quase-música para todos os momentos e sensações que a música
“California Dreamin'”, do Mamas And Papas, sempre ligada no aparelho de som da
personagem da atriz Faye Wong, ou "Dreamlover", de The Cranberries, interpretado pela própria Faye Wong, marcam a viagem de meus sentidos diante do
excelente filme “Amores Expressos”, do cineasta Wong Kar-Wai, de Hong Kong (o
filme citado não é o meu favorito de Kar-Wai, mas é um dos que melhor
imprimiram as marcas mais pop-cults em mim), um
poema-tributo-a-todas-garotas-de-ipanema-caipiras-que-trilham-nas-vertigens-de-nossos-olhos-camonianos-sedentos-e-febris-rumo-ao-clássico-popular-de-Villa-Lobos,
um poema-música-café-trem-expresso-expressionista-com-passagem-por-uma-Minas-caipira-inventada-que-pode-não-ser-Minas-pra-ti-como-pode-ser-pra-mim-para-um-tu-que-poderia-ser-eu-mesmo.
Amores expressos
Quando ela passa
É um trem que te leva
Para nenhum lugar;
É um trem mineiro
Que, mesmo imenso,
Cabe em teus olhos tão fatigados;
É um trenzinho caipira
Que, em ti, delira
(Enquanto viajas pelo real e
ordinário,
Trazes nos ouvidos o som clássico
De um concerto imaginário).
Quando ela desfila
É um expresso pedido
Na estação de nenhum lugar;
É um expresso indevido,
O ato de viver-se perdido
Nesse lugar que não há;
É um expresso bebido
Na xícara de vidro invisível
(A tua boca sensível
Beija o aroma do café impossível
Que acorda teu paladar iludido).
E, quando ela se aproximar,
Quase a te tocar,
Rápido, o trem te desembarcará
Na estação final de nenhum lugar,
E, mesmo perdido no nada que
inventou,
Encontrarás o que não há
E sorrirás sozinho
Bebendo o conteúdo imperecível
Do delicioso expresso que ninguém
vê
(E, sentado à espera do
verdadeiro trem,
Novamente lerás o que ninguém lê:
Estação Amor,
Estação Ela que passa sempre
linda por ti,
Estação que floresce em ti sem
Ela perceber).
Então a realidade mais uma vez
vem te ferir:
Ela entra em outro trem, no rumo
contrário do teu,
Sem te dizer adeus,
Sem nem saber de ti...
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Que expresso fodastico!encontros quentes com um singelo momento...embarque e desembarque...!!!
ResponderExcluirOlá Carlos,
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Abraços da Equipe Sonata Première