Hoje, após o intenso “Sarau Solidões Coletivas In Bar 11:
Depois das cinzas, a fênix mutante ressuscita – Tributo ao rock nacional e à
contracultura da década de 1970” ,
retorno ao blog (foi mal a demora, amigos leitores, mas a data coincide com o
retorno das aulas e meu eu professor teve que se sobrepor aos eus líricos pelo
bem de um bom reinício de ano letivo). Apesar de o sarau em homenagem aos
viajantes anos da década de 1970, o blog permanecerá com a temática
psicodélica. E, para darmos continuidade a esse momento mutante, somando à
proximidade do Dia Internacional da Mulher (8 de março), compartilho minhas
solidões mais uma vez com a fodástica poetamiga valenciana Karina Silva.
Desta vez, assim como a poetamiga Raquel Leal fez na
postagem anterior, Karina nos traz sua visão poética da ressurreição da fênix
mutante. O que me deixa super-impressionado nesse poema de Karina é a sua
riqueza vertiginosa de imagens, bem ao estilo da banda Mutantes, o ritmo
melódico dos versos e estrofes e sua característica busca pela luz, pela
retomada da esperança (observem que seus poemas seguem quase sempre uma
constante: a ascensão do eu lírico, a queda de perspectivas, o clímax para o
reerguimento após as esperanças perdidas e o final triunfal, marcando o retorno
à luz, o resgate da esperança falecida).
Revivamos, amigos leitores, com a ressurreição da fênix
mutante de Karina Silva!
Insensatez da Fênix
Minha alma viaja num mundo
Colorido, cheio de fantasias,
Brilhantes paisagens e alegorias.
Vagalumes incandescentes
Despertam minha busca da realidade,
Com seus brilhos psicodélicos...
A noite alucina,
Trazendo rima e poesia...
A onda tropical se foi...
Mas vejo que o tempo parou,
Quando a sombra passou.
Um último suspiro
A ave mutante deixou!
A insensatez desta ultra-fantasia,
A sensação inesquecível de existir...
Depois de tudo compreender,
A semente retorna...
Como cinzas caídas no chão...
Reviva!
A fênix mutante ressuscita.
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