Hoje compartilho mais uma vez minhas solidões poéticas com a
poetamiga valenciana Raquel Leal. Desta vez, a fodástica artista atravessa as ondas
psicodélicas e nos traz a imagem gloriosa de sua “Fênix do Mar”.
Em tempo: Raquel Leal já confirmou presença no próximo Sarau
Solidões Coletivas In Bar 11: “Depois das cinzas, a fênix mutante ressurge –
Tributo ao rock e ao movimento contracultural da década de 1970” , que será realizado
nesse sábado após o carnaval, dia 16/02, às 19h, no Mineiru’s Restaurante, no
Jardim de Cima, Centro de Valença/RJ.
Voemos com a fênix poética mutante de Raquel Leal, amigos
leitores!
Fênix do Mar
Sem azul
Morreu afogada sem ar
E morta, levou-se ao fundo,
Ao mais profundo que conseguiu alcançar
Se enxergou lá, no seu fundo
Distante de tudo, onde o Eu puro
É tudo e só
Só e pleno
Inteiro no conjunto de muitos fragmentos
Pedaços de glórias
Troféus de derrotas
Destroços de vida
Nau no fundo, tragada
E mar
Somente só, ela pôde enxergar
A partícula incandescente
Lhe queimando as fibras decompostas
E ainda vivas
Da morte que teve em outro lugar
Vê o caos incandescer-lhe
E queima toda dor de uma antiga falência
Como a nadar em torno de si
Reorganiza o baralho
Coze retalhos
Renasce entre as algas azuis
Vestida de luz...
Feita pra voar
E voa em pleno mar!!!
Sendo outra
Vê o outro azul
E no alto vai nadar
Suas asas lhe flutuam
Raquelíssima!!!!!!
ResponderExcluirRaquel, para quem é tímida no versar, as asas dessa fênix estão mais do que nervosas para voejar hein. Belíssimo o poema. Gostei da imagem da fenix azul e não flamejante (embora adore o elemento fogo)
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