Gilson Gabriel e eu, nos traços de João Paulo Maia |
Passadas algumas eleições (algumas localidades do Brasil
ainda encararão o segundo turno) e nada ou quase nada muda: os mesmos eleitos,
as mesmas caras, as mesmas muitas suspeitas de compras de votos por muitos
políticos eleitos, tudo que nos deixa com aquela sensação de que todo outubro
de eleição nos fornece quatro anos de iguais desolações; ainda somos os mesmos
e ainda votamos como nossos pais votavam, quando podiam fazê-lo (lembrando que
eles conviveram com a ditadura, muito amiga de vários candidatos e partidos
eleitos atualmente).
Com base nessa reprise, o fodástico poetamigo Gilson Gabriel
e eu, ambos ainda esperançosos de um futuro outubro realmente vermelho e
diferente, escrevemos a quatro mãos o poema abaixo (a parte vermelha foi
escrita por Gilson Gabriel, a branca por mim mesmo, em resposta às duas
estrofes do poetamigo), realizando a nossa primeira coligação lírica
anti-política atual.
Que outros outubros venham para nós, amigos leitores, antes
que seja tarde demais!
Outubros e outubros
Lá se vai novo outubro com seus dias de escolhas
E avança a procissão aos santos bizarros e de pau oco
Uni duni tê joga no quadradinho
(não vale, é marmelada, esse já ganhou!)
Ilude-se quem joga que o jogo é limpo
E que a mesa não tem vícios.
Lança a moeda da sorte no número mais azarento
Repete a escolha de antes, não arrisca nova parada
Muda pra ficar igual, não busca original
Se espera em vão o milagreiro que não vem
E de pronto o milagre que hora alguma se faz.
Que deus qualquer nos proteja e mantenha aceso o farol
Que nosso outubro inda chega!
Olhando pra trás, se vê os outubros passados, as mesmas
encolhas,
Os mesmos ombros curvados, a mesma palidez do povo
Uni duni tê os donos do jogo acham-nos divertidos
(de um até o infinito, é tudo da bancada, nós perdemos as
fichas, o mestre levou)
Ilude-nos o senhor de terno em desalinho;
Parece conosco, mas não passa de um cínico.
Faz a sesta de lorde diante de nosso lerdo desenvolvimento,
Repete a refeição de outrora, somos de novo carne fatiada
Em seu curral eleitoral, somos novamente o seu prato
principal
Esperamos em vão a piedade que o rico açougueiro não tem
E de novo somos presas expostas no banquete do predador
voraz.
Que deus qualquer nos enrijeça e mantenha teso nosso corpo
antes do corte final
Que nosso outubro inda chega antes da facada fatal!
Novas parcerias virão! Outubros, com certeza!
ResponderExcluir
ResponderExcluirola amigo que tal uma parceria caso aceite coloque nosso link ou banner e entre em contato atraves de nosso site www.bembarato.zip.net.zip.net juntos somos mais fortes!
podmos fazer parceria tambem com
www.menssagensespeciais.zip.net
www.plataformal7.zip.net