Renato Russo, em desenho de Gabriel Henrique. Veja mais desse desenhista em: http://www.flickr.com/photos/gabrielhenriqi/ |
Hoje faz 16 anos sem Renato Russo e nunca vi um ídolo
falecido tão vivo em mim. Faz
muito tempo que o ouvi na primeira vez: eu tinha entre 10/11 anos; um amigo
roqueiro precoce me emprestou uma fita das “Quatro estações”, da Legião Urbana,
e aquele k7 mudou minha percepção de mundo – o lobisomem juvenil me intrigava,
gostar de meninos e meninas era uma concepção de amor completamente inédita e
inusitada para meus olhos infantis, ouvir os paradoxos de Camões com trechos do
Coríntios em “Monte Castelo” deu um nó em minhas sensações e saber que eu
precisava amar as pessoas como se não houvesse amanhã me acordou para o
desespero lírico de abraçar o mundo como se fosse a última vez. E assim, ainda
muito novo pra compreender da forma adequada todo aquele amor e desespero, as
músicas de Renato Russo criaram ninho em minha árvore poética ainda imatura.
Quando despertei para a poesia escrita, eis Renato Russo dormindo em minha
arte; meu poemas têm muito dele, não se pode negar o que está mais que evidente
(como se eu quisesse negar o que me faz tão bem e, pra ser honesto, só um
pouquinho infeliz).
Por esses motivos, sempre faço uma homenagem a Renato Russo.
Por esses motivos, continuo o “Giz” que Renato Russo iniciou. Que esse giz,
essa arte nunca se acabe dentro de nós, amigos leitores. Legião Urbana Omnia
Vincit, a Legião Urbana Sempre Vence! Arte sempre!
Giz 2
(Para aqueles Renatos que morrem em mim sem morrer)
E mesmo sem você
Parece que suas palavras desenhos
Vão indo bem...
Em toda calçada, eu vejo o seu sol de giz
Que a chuva de sua ausência não apagou
Queria até que pudesse ver
A sua música em mim
Viva
Confesso que um pouco infeliz
Mas infinita
E tudo bem, tudo bem...
Lá vem, lá vem
De novo
Aquela sua canção a me envolver!
Tudo bem, tudo bem...
Parece morto
Mas não vai morrer!
Tudo bem, tudo bem...
Acho que o infinito gosta de você!
Tudo bem, tudo bem...
Sim, e é de você que eu não me esquecerei...
Tudo bem, tudo bem...
Sabe uma das características que adoro em sua poesia Carlos, é o ritmo de mantra que você as vezes imprime. Ele fica remoendo em minha cabeça, e sabe do PIOR? Eu ADORO, é quase um alucinógeno. rsrsrsr Muito bom cara.
ResponderExcluirA introdução que voce fez tá linda. Adorei a sugestão de uma árvore poética-genealógica (que massa hein). Caramba, eu vou ter o maior trabalho para montar a minha.
Fiquei triste de lembrar que emprestei o cd Quatro estações e a pessoa nunca mais me devolveu (que ódiooooo). Uma das músicas que mais gosto é Daniel na cova dos leões, Angra do Reis, Soldados e todas as outras rsrsr. Muito gostoso ouvi-los cantar.
Feliz dia das Crianças! kkkkk - lembremo-nos de nossas infâncias e adolescências.
Faço minhas as palavras de Helene.
ResponderExcluir;)
Eu cresci ouvindo Renato Russo e Legião e gosto muuuito! Adoro Tempo Perdido e Pais e Filhos
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