O poema que posto hoje é para esse dia primeiro de abril,
para cada momento em que mentimos pra nós mesmos. Um poema de minha
adolescência poética (e meio tragipatética, confesso), publicado em meu segundo
livro “Promessas Desfeitas (Quando os sonhos morrem e o poeta sobrevive)”
(1997), um conto de fadas lírico e sem a farsa das safas fadas.
(Não) Era uma vez
Era uma vez
Ao mesmo tempo que não era a vez de ninguém
Era uma festa
Ao mesmo tempo que não era pra se festejar
Era minha casa
Ao mesmo tempo que não me sentia no meu lar
E você lá estava
Ao mesmo tempo que se mostrava distante
Enquanto você sorria, eu chorava
Ao mesmo tempo que escondia minhas lágrimas
E a culpa foi totalmente sua
Ao mesmo tempo que nunca foi
Eu me sentia traído por você
Ao mesmo tempo que traía meus sentimentos
Tentei manter as aparências
Ao mesmo tempo que não mantive nada
Fui um rei em xeque-mate
E mesmo assim blefei
Mas blefes não valem num jogo de xadrez.
Era uma deliciosa ilusão...rs...
ResponderExcluirEu ainda minto assim!