Após um breve desaparecimento, devido a saraus e festivais, retorno
com um “museu de novidades” no blog. Feriado prolongado (para os cidadãos do
Estado do Rio de Janeiro), pra quem me pergunta o que tenho feito, respondo com
uma poesia antiga (sim, meu lirismo bêbado – definição dada por minha mãe,
quando lia alguns de meus poemas [“só sabe falar de bebida, meu filho; mesmo
quando não fala, parece que ta embriagado!”] tem andado sóbrio, meu eu lírico cai
50 por cento menos do que caía antes, mas muitos versos meus ainda seguem os
mesmos passos bêbados de antigamente), do meu terceiro livro "Note or not ser" (2001): tenho andado delápracá, de bar em bar, à procura de algum sonho perdido que o mundo não nos deixa sonhar...
Delápracá
Eu ainda não encontrei o meu lugar
Ando o tempo todo delápracá
As portas que entro são as mesmas que saio.
Como um nômade, não tenho casa
E muito menos um armário
Pra guardar o que não tive
Pra guardar você...
Delápracá – de bar em bar
Só o álcool ilude minha ilusão
De que posso esquecer que entreguei o coração
E não tive devolução.
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