Há uns dias atrás, me deparei com um pensamento da escritora
Lainha Rosendo Loiola, autora do blog “Uns dias”, postado no facebook:
“Se o amor é cego, como poderia acontecer à primeira vista?
Pois é.”
(Lainha Rosendo Loiola)
Tal pensamento, em meio ao marasmo vitual no qual me via
inserido, me fez pensar, fato raro numa rede social virtual que muitas esmera a
frivolidade total (me adiciono entre os estimuladores da frivolidade; sou
cúmplice da estupidez humana; como na canção “Perfeição”, de Legião Urbana, todos
temos um lado estúpido). O amor tem dessas contradições, é um não pensar que
nos faz pensar demais; os escritos de Lainha têm esse dom, deixar-nos
sutilmente absortos com um estranho sorriso no rosto, perplexos com nossas
próprias sensações, reflexivos, liricamente reflexivos (quem duvida do talento
dessa escritora, deveria conferir, com os próprios olhos, o blog dela; aí vai o
link: http://unsdiasporlainha.blogspot.com.br/).
Não resisti e acabei comentando sobre o pensamento dela, no
facebook:
“É visível a cegueira do amor, por isso que à primeira vista
nos cegamos tanto com ele e pensamos que ele acontece tão de repente (Se bem
que confesso achá-lo míope; não cego rs).”
Depois, ao reler meu comentário, percebi o quanto é
belamente cego e sem sentido o sentimento que denominamos amor. Como versejou
Camões, “Mas como causar pode seu favor / Nos corações humanos amizade; / Se
tão contrário a si é o mesmo amor?” Não sei, Camões, só sei que amo e, desse
tal de amor, me surgiu esse poema abaixo, inspirado nos paradoxos de Camões, na
estupidez lírica de Renato Russo, no pensamento sublime de Lainha Rosendo
Loiola e na beleza intensa de Juliana Guida Maia (que, como J. Pinto Fernandes
no poema “Quadrilha”, de Drummond, ainda não tinha entrado no meu comentário,
mas torna-se a musa maior do poema abaixo):
Ensaio sobre a cegueira do amor
Me disseram: “O amor é cego”
E eu, sempre cético, duvidei.
Então apareceste
E, à tua primeira vista, ceguei!
Putz... por que não acreditei?
O que posso dizer? E agora? Fiquei muda além de cega, diante de tanto amor.
ResponderExcluirUm bjo meu querido.
Nem sempre é fácil. "Duas pessoas são duas verdades E, na verdade, são dois mundos." E como a gente sabe disso! No fim das contas, desde quando nossos mundos se aproximaram eles se cruzam, se embolam e de vez em quando (ou de vez em sempre _ dependendo da fase) se chocam. Porém acho que, na maioria das vezes, conseguimos COMPARTILHAR esses mundos distintos , tão infinitamente parecidos, tão desesperadamente diferentes.
ResponderExcluirÀ primeira, à segunda, à milésima vista... te amo cegamente. Um “viva!” aos muitos paradoxos do amor. Essa coisa... sabe como é... rs rs rs rs rs rs
Ai que bunitin Carlos, Ah! aproveitem meninos e meninas, cada segundo é uma vida.
ResponderExcluirAo contrário de voces, o amor não me deixa cega, apenas meio muda. (ebaaaaaaaaaaaaa, consegui um comentário pequenin) rsrsrsr