Yeah, amigos leitores, hoje, sábado, dia 04/07, a partir das 19h, o
Sarau Solidões Coletivas volta à Comuna da Quinta das Bicas (quintal da casa do
Gilson Gabriel), Rua Edson Giesta, 50, casa 2 (Perto do o Mercadinho
Francisquinha), Biquinha, Valença/RJ, com o tema “SARAU SOLIDÕES COLETIVAS ES
LOCO POR TI, AMÉRICA! - SOMOS TODOS NERUDA, VALLEJO, BORGES, CORTÁZAR, MÁRQUEZ,
GUILLÉN E GALEANOS, em TRIBUTO LÍRICO AOS FODÁSTICOS ESCRITORES
HISPANO-AMERICANOS!!!
E, para marcar super-liricamente mais essa festa lírica do Sarau Solidões Coletivas, nada
melhor que um mais-que-fodástico poema “ESTADOS DESUNIDOS DE NUESTRA AMÉRICA”,
escrito por Lisérgio Virabossa, alter-ego do Mestre-Artistamigo Alexandre
Fonseca. O poema traz milhares de referências a outros poemas, a romances
consagrados e a outros famosos autores brasileiros e hispano-americanos (o
verso “Quantos navios negreiros alves-castraram o Atlântico” traz aquela inveja
boa – queria ter escrito um verso tão formidável assim!).
Viajemos com Lisérgio Virabossa pelos caminhos líricos dos Estados
Desunidos de Nuestra América!
ESTADOS DESUNIDOS DE NUESTRA AMÉRICA
Estados desunidos de nuestra América
Quantos poetas mais haverão de padecer em vossos leitos
Até que vos sabeis abertos em veias
E fechados em olhos
Estados prateados de los Andes
Quantos amores Neruda celebrou em palavras
Sem que Pachamana de volta trouxesse
Os galeões de Espanha
Estados soterrados de Tenochtitlan
Quantas catedrais encobrem os escombros líricos de Paz
Enquanto os filhos da serpente
Miram tristes o mar
Estados guevarescos de la rumba
Quantos charutos contraíram outras bandas
E os versos de Martì 'inda não ecoam nos ouvidos
Da moça guantanamera
Estados solitários de Macondo
Quantos cem anos outros há de durar
A realidade surreal dos Bolivares perdidos
Na tentação do norte
Estados cabralinos de Tropicália
Quantos navios negreiros alves-castraram o Atlântico
Sem que percebestes em vossa popa o encaixe
Da América de cá na África de lá
Lisérgio Virabossa
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