sábado, 11 de julho de 2015

Um rock poema punk hardcore: Salmos Ferozes para "Same Old Story", de Pennywise

Há algum tempo que eu não fazia meus rock poemas, minhas subversões poéticas com canções de rock. A homenageada (ou vítima?) dessa vez foi a banda de punk rock californiano/hardcore punk norte-americana Pennywise: escolhi a vigorosa canção “Same Old Story” e, como sempre, alterei quase completamente o conteúdo da letra original, me deixando guiar apenas no ritmo da canção e transferindo à melodia um poema que refletisse sobre um fato da atualidade brasileira (no caso, uma crítica aos “religiosos” que, através de “Ministérios de Amor” [como no livro “1984”, de George Orwell], pregam o ódio e a violência aos que não seguem as suas deturpações da Bíblia).
Em tempo: a escolha da canção “Same Old Story”, da banda Pennywise, não foi à toa – hoje à noite, encerrando o evento “Rock na Garagem”, organizado pelo Feira Moderna Zine, que rolará a partir das 17h no Metallica Pub (Rua José do Patrocínio, 42, Porto Novo, São Gonçalo/RJ), a banda True North fará um tributo à banda Pennywise, e, como eu participarei também do evento (e, no ano passado, fiz uma participação especial no show que a banda citada fez em tributo ao Bad Religion), resolvi repetir a dose e fazer essa nem tão singela, mas sincera homenagem.
Com vocês, os “salmos ferozes” que criei na melodia de “Same Old Story”, de Pennywise:

Salmos ferozes

Eles pecam e traem
Dizem que leem sagrados livros
Cultivam ódio em olhos inocentes
Querem vê-lo ajoelhado enquanto ficam de pé
Eles lhe oferecem caros lotes
Para um alucinado além
Eles levam a sua lucidez
Em nome de um Jesus louco que só eles têm

Eles lhe cospem demônios nos salmos
Eles cospem demônios nos salmos ferozes
Eles lhe cospem demônios nos salmos
São destrutivos e parasitas como cupins
Eles lhe cospem demônios nos salmos
Eles cospem demônios nos salmos ferozes
Eles lhe cospem demônios nos salmos
São rudes, verdadeiros bichos ruins

Dê-me a sua outra face e largue essa pedra
Faça como o autêntico Jesus
E peça paz pra todo mundo ao invés de guerra
Eles agora aliciam jovens
Para o alucinado além
Querem acabar com toda lucidez
Querem que a bíblia da fúria vire lei

Eles lhe cospem demônios nos salmos
Eles cospem demônios nos salmos ferozes
Eles lhe cospem demônios nos salmos
São destrutivos e parasitas como cupins
Eles lhe cospem demônios nos salmos
Eles cospem demônios nos salmos ferozes
Eles lhe cospem demônios nos salmos
São rudes, verdadeiros bichos ruins

(Cupins, ruins)
Eles forçam as portas da sua casa como bem entendem
(Cupins, ruins)
Escolhem a melhor hora pra chamá-los de irmão e irmãs
(Cupins, ruins)
Levam sua família para com eles almoçarem
(Cupins, ruins)
Mostram de sobremesa que a fé no ódio leva ao novo céu
(Cupins, ruins)
Então apresentam a loja deles e os seus estoques
(Cupins, ruins)
As delícias capitalistas de seus preconceituosos améns

Eles lhe cospem demônios nos salmos
Eles cospem demônios nos salmos ferozes
Eles lhe cospem demônios nos salmos
São destrutivos e parasitas como cupins
Eles lhe cospem demônios nos salmos
Eles cospem demônios nos salmos ferozes
Eles lhe cospem demônios nos salmos
São rudes, verdadeiros bichos ruins




Nenhum comentário:

Postar um comentário

Meu filho-poema selecionado na Copa do Mundo das Contradições: CarnaQatar

Dia de estreia da teoricamente favorita Seleção Brasileira Masculina de Futebol na Copa do Mundo 2022, no Qatar, e um Brasil, ainda fragiliz...