quarta-feira, 8 de abril de 2015

Benditos sejam os artistamigos que apoiam meus versos malditos: Helene Camile lê um poema de meu livro “Foda-se! E outras palavras poéticas...”

Yeah, amigos leitores, estou muitíssimo contente com a repercussão de meu oitavo livro “Foda-se! E outras palavras poéticas...”! Apesar de (mais uma vez) uma obra poética minha ser vista com olhos preconceituosos por próximos (alguns nem leram o livro e já saíram atacando-o por causa do palavrão no título [palavrão este que quase todo mundo usa ou já usou, mas prefere se posicionar de moralista pudico]), muitos artistamigos e amigos leitores compreenderam a mensagem do livro que dá continuidade a minha saga lírica.
Tive o prazer de, há algumas semanas atrás, receber uma homenagem em vídeo da leitorartistamiga Helene Camille lendo o poema “Benditos sejam os malditos”, de meu oitavo livro e hoje tenho a felicidade de compartilhar com vocês este belíssimo e espontâneo tributo lírico que a Helene fez a um dos poemas do “Foda-se! E outras palavras poéticas...”. Juntamente com o vídeo, compartilho o poema lido por Helene Camille para os amigos leitores que não conhecem o livro.
O livro “Foda-se! E outras palavras poéticas...” segue sua rota lírica, atraindo novos e conhecidos leitores e a “Foda-se Tour” (calendário de eventos que envolvem o livro) continua (em breve novidades)!






Benditos sejam os malditos
“Alcançai para mim
A Hospedaria dos Jamais Iluminados”
Mário de Andrade, “Religião”

I

Benditos sejam aqueles que fazem luz na escuridão.
Benditos sejam aqueles que não gritam para serem ouvidos.
Benditos sejam os malditos que não têm ouvidos
para escutar os que mal lhe dizem.
Benditos sejam os loucos, os tortos, os perdidos
que seguem seus caminhos sem fins lucrativos
sem olhar para trás.
Benditos sejam os vivos que sobrevivem famintos,
aceitam os sacrifícios
e não se julgam Jesus.
Benditos sejam os incompreendidos
que compreendem os tolos que não aceitam as suas razões.

- Benditos sejam os malditos
que aceitam as suas maldições.

II

Vândalo Rimbaud que fez uma temporada no inferno,
amaldiçoadas sejam todas as flores do mal de Baudelaire
e não nos deixeis cair em canonização:
livrai-nos do mal do amém
(Faz o sinal da Cruz e Sousa).

Um comentário:

  1. Carlos, você sabe que sou uma fã sua. Gosta da forma como você expressa suas ideias, emoções, indignações etc. Ainda não tive o prazer de ler todo o seu livro, mas em breve o farei. Antigamente havia um projeto super bacana no SESC de ensinar a gravar livros para deficientes visuais (muitos deficientes preferem ser chamados de cegos mesmo). Eu adoraria gravar alguns livros de amigos, seus inclusive, mas a lida é dura e o tempo é pouco.

    A gravação não saiu muito boa, não interpretei muito bem, pois não ensaiei, fiz de chofre mesmo. É sempre um prazer ler seus escritos. abs

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