sábado, 13 de dezembro de 2014

Poetalunos da Escola Municipal Alcino brilham mais uma vez no Concurso de Poesia da ALAP

Os professores-escritores e poetalunos da Escola Municipal Alcino Francisco da Silva, da região rural de Teresópolis/RJ, mais uma vez brilharam no Concurso de Poesias da Academia de Letras e Artes de Paranapuã (ALAP). Neste XXV CONCURSO DE POESIA, disputando com poetas de diversos Estados brasileiros (SP, RJ, ES, MG, PB, AL, BA, GO e PE) e de Portugal, foram 2 professores-escritores classificados no adulto (1 ouro e 1 menção especial), 14 artistalunos classificados no juvenil (incluindo 1 medalha de ouro, 2 prata e 2 bronze, 6 menções especiais e 3 menções honrosas) e 2 artistalunos classificados no infantil (prata e bronze)!
A premiação aconteceu no dia 08 de dezembro de 2014, segunda-feira, às 16 horas, no auditório da FALB/FALARJ: Rua Teixeira de Freitas, nº. 5/ 3º andar (esquina com a Rua Augusto Severo), Lapa/ RJ.
Professores premiados:
Categoria Adulto:
OURO: Genaldo Lial DA Silva (Teresópolis – RJ).
MENÇÃO ESPECIAL: Carlos Brunno S. Barbosa (Valença – RJ)
Artistalunos premiados:
Categoria Juvenil:
OURO: Débora Branco.
PRATA: Hebert Gabriel Andrade e Tainara Francisco.
BRONZE: Gisleny Almeida e Jhekson Willian de A. Ramos.
MENÇÃO ESPECIAL: Lauany Rodrigues, Vitor Flores, Stephany da Silva Oliveira, Mayane Tavares, Ana Gabriela Medeiros e Michaela Rodrigues.
MENÇÃO HONROSA: Gean Oliveira, Vânia Ribeiro e Geovania Maria R. do Nascimento.
Categoria Infantil:
PRATA: Carlos Fernando da C. Gomes.
BRONZE: Natacha Felippe Corrêa.
Os poemas dos professores-escritores serão postados em breve no blog. Na postagem de hoje, trago os poemas dos poetalunos premiados, juntamente com o vídeo da apresentação deles durante a festividade de premiação do concurso.
Os poemas foram escritos a partir de diversas atividades educacionais realizadas durante esse ano letivo e no ano passado: os poemas de Gean, Geovania e Ana Gabriela fizeram parte do Projeto Arcadismo Teen 2014, realizado no Parque Nacional da Serra dos Órgãos, durante a Aula Interdisciplinar, idealizada pelo Professor de Inglês Daniel Coelho, sobre Iluminismo; os de Jhekson William e de Stephany foram produzidos no Projeto Ultrarromantismo Teen 2013; o poema de Vitor Flores fez parte do Projeto Ultrarromantismo Teen 2014 (realizado durante a Aula Interdisciplinar, também idealizada pelo Professor de Inglês Daniel Coelho, sobre Amor e Doenças Fatais); os de Hebert Gabriel e de Mayane foram escritos no Projeto de Leitura e de Releitura com os oitavos anos (no caso, Hebert leu e fez um poema inspirado no segundo livro da série “Crepúsculo”, “Eclipse”, e Mayane leu e elaborou um poema inspirado no livro “Fazendo meu filme”); o de Michaela Rodrigues foi produzido no Projeto Futurismo, da Aula Interdisciplinar, mais uma vez idealizada pelo Professor Daniel Coelho, sobre a influência da industrialização na vida e na arte; os demais poemas eram entregues pelos poetalunos para mim durante as aulas para os saraus realizados na escola e/ou para que eu os analisasse e publicasse no blog.
Agora chega de prosear, amigos leitores, é momento de deixarmos os fodásticos e premiados poemas dos brilhantes poetalunos da Escola Municipal Alcino Francisco da Silva falarem e encantarem os nossos olhos!

Uma noite

Uma noite se quer,
Uma noite se vier,
Uma noite dormi,
Uma noite vivi.

Uma noite sonhei,
Uma noite apaguei,
Uma noite quis,
Uma noite feliz.
Natacha Felippe Corrêa (Medalha de Bronze – Categoria Infantil)



Menina do meu coração

Menina do meu coração,
Você é minha eterna paixão.
Eu sempre te amei,
Depois que por você me apaixonei.

Por você me apaixonei
E não me enganei,
Por isso teu será meu coração,
Minha doce paixão.

Quando você caiu do céu,
Vi que teus lábios são doces como mel,
Senti que sempre estaria no meu coração,
Pois é minha grande paixão!

Quero que seja minha namorada,
Você será sempre amada,
Nunca te deixarei,
Pois por você me apaixonei.
Carlos Fernando da C. Gomes (Medalha de Prata – Categoria Infantil)



Está nos seus olhos*

Quer saber? Vem pra cá, vem viver
e mostrar como se ama de verdade.
Esqueça o que passou,
eu já passei, nada mudou.
Você sabe que eu sou moleque demais
pra trazer rosas ou cartas;
também não adiantaria, afinal a culpa não é minha,
muito menos sua.
Deixa pra lá a culpa,
só me diz quanto custa
a passagem pra eu reencontrar a sua rua...
Gean Francisco da Silva de Oliveira (Menção Honrosa – Categoria Juvenil)

* Obs.: Feito no Projeto Arcadismo Teen, o poema de Gean Francisco se baseia no conceito árcade de imitação – no caso, ele fez uma versão alternativa de uma canção homônima do Bonde do Stronda. A princípio, solicitei a eliminação do poema no concurso, mas a Comissão Julgadora considerou que a adaptação era válida e com um lirismo diferencial à canção original.



Tentar de novo?

Ligações não feitas,
Mensagens não enviadas,
Versos não escritos,
Palavras não ditas,
O agora se foi
E o sofrimento ficou.

E agora a vida
Me dá mais uma chance,
Mas será que existe
Amor pra recomeçar?

Tentar de novo parece fácil,
Mas não estou pronta,
Pois não esqueci as lágrimas,
Nem o que as causou...
Vânia Ribeiro Camacho (Menção Honrosa – Categoria Juvenil)



Vamos aproveitar

Meu amor, vamos fugir
desse lugar que nos entedia,
vamos pra a natureza, vamos aproveitar,
vamos nos amar e sentir um pouco de paz,
ouvir os pássaros cantarem uma linda melodia,
que vai nos inspirar a fugir,
pra nos amarmos e chorarmos de tanta alegria,

Vamos pro campo,
lá onde o sol bate e ilumina nosso dia,
onde tanto nos inspira e nos ensina que é bom amar
e viver nas montanhas, tomar banho em cachoeiras,
caminhar sobre as pedras e sentir o amor que aqui existe
e a beleza que nos inspira a fugir do ar sujo das chaminés
e da poluição dos mares onde vivemos.

Vamos aproveitar,
vamos amar,
vamos chorar
com alegria
e nos inspirar!
Geovania Maria Rodrigues do Nascimento (Menção Honrosa – Categoria Juvenil)



Tormentos

Alguns instintos me fizeram ficar feroz,
talvez até fria quanto a tudo
que me atormentou.
Eu vivo em prol dos meus pesadelos
e isso me atormenta ainda mais,
pois não entendo o que eles significam.
Uma vez, uma só vez, eu morri
e a morte não foi tão ruim assim,
eu apenas dormi em um sono profundo.
Vi ilusões que me alegraram,
mas, quando ressuscitei,
elas me entristeceram,
porque descobri que estas ilusões
eram os erros que cometi
pensando que acertei.
Pesadelos assim atormentam minha alma...
E o seu nome na minha cabeça
não me ajuda em nada!
Talvez estes instintos tenham seu nome
e me façam me sentir um animal acuado
fugindo de você,
mas como fugir daquele que me sufoca
se ele é o mesmo que me faz viver?
Lauany Rodrigues Ribeiro da Silva (Menção Especial – Categoria Juvenil)



A lágrima

A lágrima,
O sangue da alma,
O sangue que se vai
Se chorar.

O sangue cai
Cai no chão pelo ar
Insiste em ficar
Ficar no rosto e no ar.

E assim sempre
Que ela cai
Significa que se prende
Prende ali sem sair.

A lágrima,
O sangue da alma,
O sangue que se vai...
Vitor Gonçalves Flores (Menção Especial – Categoria Juvenil)



Irada!

Raiva, o quê?!? Isso é pouco
perto do que sinto no momento
em que eu libero
o meu eu de verdade.
Sabe, quando eu me sinto má
de verdade,
libero o leão,
a leoa que há em mim,
solto o meu rugido de autoridade,
de ira.
Ira – isso sim me define
muito, muito bem.
Sabe, nesse momento,
me sinto uma pessoa egocêntrica,
falando só de mim,
pensando só em mim...
Por isso, corra,
fuja, se esconda,
um dia posso bater
em sua porta;
me aguarde...
Stephany da Silva Oliveira (Menção Especial – Categoria Juvenil)



Meu filme

Nada como um filme de romance que você se apaixona sem sofrer
Faz você rir, chorar, dar gargalhadas e te ensina a viver.
A vida dá voltas e essas voltas me fazem aprender
Que nada é como um filme de romance com uma vida mágica.

Minha vida mudou desde o momento em que me apaixonei,
Pois engano meus sentimentos com grandes momentos,
Faço loucuras de amor por um amor não correspondido,
O momento em que engano meus sentimentos achando que estou apaixonada por outro.

Mas, na verdade, o meu grande amor é meu melhor amigo,
Só que ele não sabe disso,
O romance proibido...
Às vezes eu queria que minha vida fosse um filme de romance
Pra que eu pudesse fazer o meu roteiro.

Ele e eu, eu e ele, almas perfeitas,
Mas não é só isso...
É amor, muito amor,
Meu filme perfeito!
Mayane de Sousa Tavares (Menção Especial – Categoria Juvenil)



Por onde começar?

Por onde começar?
Eis a questão...
Começar por aquele cheiro de terra molhada?
Por aquele silêncio que nos faz ouvir o vento?
Pode parecer que estou escrevendo só por escrever,
que, na verdade, nem sei do que estou falando...

Por onde começar?
Começar pelo cheiro do café da manhã,
pela variedade, pela liberdade
de saber que posso gritar, cantar muitas vezes,
sem ninguém ouvir, só eu e a natureza,,,

Por onde devo encerrar?
Encerrar esse poema com o quê?
Eis a questão...
Se fosse por mim, não iria terminar,
poderia continuar, continuar
a falar das montanhas
e daquela sombra naquela árvore
na qual eu sento nos dias que está calor,
mas tenho que encerrar,
pois não tenho mais palavras para explicar...
Ana Gabriela Medeiros (Menção Especial – Categoria Juvenil)



O tempo corre

Faltam poucos minutos pra eu sair dessa sala,
o tempo passando e o calor insuportável
me corroendo por dentro.
Quero ligar, mandar uma mensagem
e o tempo passa tão rápido
que penso em várias coisas ao mesmo tempo.
Essas pessoas batendo palmas mais rápido que um som,
o vento passando por mim, me fazendo respirar melhor.

O tempo não para, corre mais rápido que meus pensamentos.
Michaela de Jesus Pacheco Rodrigues (Menção Especial – Categoria Juvenil)



Sob a luz do luar

Sob a luz do luar,
vou sonhando, sonhando
e eu não paro de sonhar.

Sob a luz do luar,
vou amando, amando
e eu não paro de amar.

Sob a luz do luar,
vou caminhando pela estrada,
procurando amar,
procurando ser amada.

Sob a luz do luar,
vou querendo me apaixonar,
saber que terei alguém
quando a luz do dia chegar.

Sob a luz do luar,
vou querendo rir de tanto chorar,
vou querendo ser como a lua,
tão alta que ninguém  pode machucar o seu coração.

Sob a luz do luar,
vou querendo ser como as estrelas,
vou querendo chamar a atenção
e conquistar um coração.

Sob a luz do luar,
vou seguindo a minha vida,
pensando o que a vida
vai me aprontar!
Gisleny Silva de Almeida (Medalha de Bronze – Categoria Juvenil)



Esta chama

Em um dia chuvoso na escuridão,
o amor navega como um avião
e eu pensando na vida, sem saber o que falar,
mas sei que mil palavras são poucas para dizer
o que sinto por você.

Não sei o que realmente sinto por você,
se é paixão ou falta de opção,
mas sei que sinto alguma coisa.

Também sei que é algo que me inflama
e nem mesmo a maldade separa esta chama
que atrai quem ama.

Cuidado, faço de tudo
para não perder esse sentimento profundo.
Jhekson Willian de Almeida Ramos (Medalha de Bronze - Categoria Juvenil)



Eclipse

A vida é assim...
Às vezes, o amor parece impossível,
Pois são tantas circunstâncias
E milhares de diferenças...

Nunca imaginei que poderia ser possível,
Pois tudo joga ao contrário,
Parece que estou num buraco,
Mas nunca irei desistir.

Pois tudo passa e o amor fica.
A minha vida parece um eclipse
Tudo escureceu
Pois não estás aqui,
Mas o eclipse vai passar
E a luz vai voltar.

Enquanto tudo está escuro,
Estou a te esperar,
Pois tudo vai passar
E o nosso amor
Eternamente viverá.
Hebert Gabriel de Andrade Moreira (Medalha de Prata – Categoria Juvenil)



Sei... Virá!

Não sei se algum dia
Vou te conhecer...
Te espero para ser minha companhia
E sei que não devo desistir de te ver...

Sei... Virá!

Cada dia que se passa
Este meu coração insiste
Em encontrar alguém
Que no meu sonho existe...

Sei... Virá!

Já te procurei em várias pessoas,
Já vivi vários momentos,
Mas nenhum deles me deu
O que vou encontrar com o tempo.

Sei... Virá!

O melhor eu sei
Você existe
Basta saber esperar,
Meu amor

Sei... Virá!
Tainara Francisco (Medalha de Prata - Categoria Juvenil)



Vida

Às vezes penso em acreditar,
Mas prefiro sonhar.
Às vezes quero correr
Em vez de caminhar.

Não penso no distante futuro,
Apenas no imediato amanhã;
Hoje foi descoberto,
Hoje o presente,
Amanhã o mistério.

Mas a vida nos surpreende
Em cada minuto,
Enfim somos
Apenas marionetes do absurdo da vida.

Débora Branco (Medalha de Ouro - Categoria Juvenil)


Poetalunos da Escola Municipal Alcino brilham na Cerimônia de Premiação do XXV Concurso de Poesia da ALAP 2014 (in vídeo)


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