Olá, caros leitores, bem vindos ao blog daqueles que guardam um sorriso solitário no canto dos lábios que versam sonhos coletivos. Bem vindos ao meu universo virtual poético, bem vindos ao mundo confuso e fictício ferido de imortal realidade. Bem vindos ao inóspito ambiente dos eus líricos em busca de identidade na multidão indiferente, bem vindos ao admirável verso novo.
2014 parte, levando consigo vários artistas fodásticos. Só me resta nesta última postagem, homenagear aqueles que se foram e desejar um próspero – e menos trágico – ano novo.
O meu último poema de 2014
(ou Eu eternizo meus amigos antes que leve-os consigo)
“Tudo que morre fica vivo na lembrança
Como é difícil viver carregando um cemitério na cabeça” (Biquíni
Cavadão)
Ah, 2014, levaste de mim tantos amigos longíquos...
As rosas finalmente falaram, mas exalaram o perfume da morte
na vida de Nelson Ned, interrompida por ti...
Jair Rodrigues hoje faz as nuvens suingarem
e nega todo lamento por seu passamento
(“Deixe que digam, que pensem, que falem...”
– as gotas da chuva repetem sua canção mais popular)
Tommy reconstitui a formação original dos Ramones nos céus...
A voz rouca de Joe Cocker agora disputa vaga entre os trovões
das últimas chuvas em ti...
A comicidade de Robin –
My capitain, my capitain! –
revelou uma melancolia profunda, mortal em ti...
Seymour interpretou um anjo absolutamente louco
e voou acima das estrelas de Hollywood,
indicado ao Oscar celeste por ti...
Hugo Carvana, o eterno malandro,
Paulo Goulart, que regia a Orquestra de Senhoritas,
Wilker, o felomenal,
também se tornaram protagonistas
dessa peça trágica escrita por ti...
Gabriel García Márquez desfila suas memórias
e seus cem anos de solidão em meio a multidão celeste...
O sorriso largado de lagarto de João Ubaldo
agora só se abre no firmamento, depois de ti...
Ivan, que sagrou e consagrou tantos ossos em versos eternos
agora é ossos e eterno também...
Ariano foi levado pros altos além dos autos da Compadecida
no mês em que o signo de Leão começava a reinar em ti...
O pássaro encantado que voava nos lábios de Rubem
levaram-no pra muito mais além das aves e dos Alves
(na nuvem em forma de sonho, em que ele agora descansa
uma lágrima de liberdade eternizada é derramada em toda chuva)...
Luciano do Valle foi promovido à Divisão Acima dos Homens
e agora narra os dribles e paixões dos craques celestes...
E até Bolaños, sempre sorridente, partiu com o menino Chaves
pras vilas celestes de Chaplin, tão longe daqui...
Ah, 2014, levaste de mim tantos amigos longíquos
que a Grande Distância já se tornou um ente querido,
mas deixaste o meu sorriso triste - triste, mas ainda sorriso,
pois nele permanece o infinito dos amigos partidos,
Yeah, amigos leitores, 2015 nem começou e já traz promessas de realizações
mais que fodásticas: soube, em primeira mão, que a mais-que-fodástica
artistamiga e super-ativista cultural Janaína Cunha, autora do fodástico livro - pérola lírica - “Entrega”,
lançará outro fodástico livro de poemas no ano que vem, pela Editora Maple, do competentíssimo
e genial poetamigo Diogo Aguiar. Yeah, amigos leitores, a poesia está a cada
ano alçando maiores e mais belos voos!
Soube da revigorante notícia através da própria autora, em comentários
no facebook, e, é claro, notícias boas a gente divulga aos quatro ventos pra
poesia mais-que-fodástica ganhar mais asas!
Hoje tenho o prazer de compartilhar um dos fodásticos e fascinantes poemas
que farão parte do próximo livro de Janaína da Cunha.
Degustem, como eu, fascinados a poética madura, versátil e fascinante da
mais-que-fodástica mestre lírica Janaína da Cunha, a Protagonista dos mais
belos versos da poesia universal, amigos leitores!
Já fui Joana D’Arc e a Meretriz da Esquina.
Já fui a Rainha Louca e a Virgem Maria.
Sou as diversas fases da Lua
vestida de noite ou totalmente nua.
Sou todas em uma, mas em todas A Protagonista.
Não me permito ser coadjuvante ou uma simples figurante.
Pode me chamar de metida: eu meto e me meto.
Não aceito a conformidade de padrões sistemáticos.
Com o tempo amadureci sem medo.
Tenho uma metralhadora no silêncio e flores no olhar.
Às vezes eu saio sangrando por aí
e nesse sangue vou vermelhando
todo Amor sem gosto e cor.
Roubei a pena do Papagaio Falador
e a mergulhei na sujeira da ingratidão.
Com ela escreverei versos onde os Poetas
dancem pelas ruas suas palavras desnudas...
que o Verbo emocionado seja meu chicote!
Quero uma orquestra de buzinas no engarrafamento
e o direito de me arrepender das péssimas escolhas.
Hoje despertei para chamar atenção.
Vou anarquizar os ouvidos dos hipócritas
e vomitar minhas verdades no chão.
Aquele beijo roubado de um cigarro compartilhado
joguei na privada pública e dei descarga.
A imagem do teto preto sentado na calçada
me traz nojo e irritação!
Não sei o que é pior: não realizar nenhum sonho
ou realizar alguns que tragam consequências desastrosas.
Chorei por mim, chorei por você, por eles... por nós.
É uma contradição o homem de bem brigar para ter paz.
Ai, ai meus ”ais”!!
O sorriso sincero é o maior ato de perdão.
(Janaína da Cunha)
Retrato de Brigitte Bardot pintado por Andy Warhol, em 1974, inspirado numa foto que o americano Richard Avedon tirou em 1959 da protagonista do filme "E Deus criou a mulher" (1956).
Hoje, à tarde, aproveitei a fodástica tarde de verão com os amigos,
curtindo a natureza no Balneário do Gaim, em Valença/RJ. Mas nem nesses
momentos a poesia me deixa (por mais escrota que seja ai, ai...): logo que
chegamos ao Balneário, vi um rapaz, que estava andando nas pedras da cachoeira,
tomar um tombaço e ralar as nádegas naquele ambiente natural – nada muito
grave, mais ferido provavelmente saiu seu orgulho, mas a cena me inspirou um
poema cretino, bem ao estilo poema-piada do poeta modernista Oswald de Andrade
em sua primeira fase.
Diante da queda do rapaz no meio de tanta natureza, resolvi brincar com
o gênero poético haicai (ou haiku) – o meu poema segue a forma tradicional do
gênero (3 versos – o primeiro e o terceiro com 5 sílabas poéticas e o segundo
com 7), mas seu conteúdo só serve ao trocadilho sonoro com o nome desse tipo de
poema. Como eu disse antes, o conteúdo e valor do poema são absolutamente
questionáveis, mas como o haicai me veio à cabeça na hora, trago em primeira
mão [e cretinice] o pequeno poema-piada.
Então é Natal? Então é Natal! Então é Natal. Então
é Natal...
Neste ano, na segunda-feira, dia 22 de dezembro, às
19h, na Biblioteca Municipal D. Pedro II, em Valença/RJ, estive presente no
lançamento da “Coletânea de Natal - Presente do Céu”, da Interagir Editora,
livro no qual tive a honra de dividir as páginas com fodásticos
escritores-amigos e vencer um desafio: escrevi meu primeiro conto de Natal
chamado "Eu enfrentaria todos os ateus e acolheria todos os filhos de Deus
por um sorriso teu".
Como a coletânea teve uma edição limitada (e já
esgotada!) e não posso presentear todos os amigos leitores com um exemplar do
livro, trago hoje ao blog esse meu primeiro conto de Natal para a análise e
crítica de todos (só peço que não esperem as mensagens convencionais, ho,ho, ho,
ainda sou o mesmo contista do Diários de Solidões Coletivas)!
Eu enfrentaria todos os ateus e acolheria todos os
filhos de Deus por um sorriso teu
- Então, Artur... você vai ou não vai na festa de Natal na casa da tia Esmerendinalva comigo, meu filho?
O tom intimatório da pergunta de mamãe me acorda do passageiro desligamento que sempre sofro quando chego a sua casa após uma longa viagem de oito horas de Dilmópolis para minha pequena e pacata Shangri-lá.
Desde que me mudei daqui para encarar os desafios de ganhar a vida na cidade grande, é sempre assim: chego atordoado com a longa viagem de retorno à terra natal, mamãe me abre a porta, me recebe, me sorri, me abraça, me oferece um café e, depois, fala sem parar das velhas novidades de Shangri-lá – quem morreu, quem adoeceu, quem também deixou a cidade pra buscar um futuro financeiramente melhor, quem perguntou de mim, quem se esqueceu, quem não está mais nem aí nem aqui... E eu, ainda em estado vegetativo por causa da viagem, pesco uma história ou outra contada por ela, mas sempre perco algum fio do novelo de histórias que ela me conta. É aí, sempre nesse momento, que mamãe atira alguma pergunta, referente ao seu monólogo, que nunca sei responder.
- Hã? É... bem... – gaguejo uma resposta que nada responde. Enquanto balbucio, tento me localizar no tempo-espaço, após o breve período de alheamento: hum... vamos ver... estou em casa, sentado num dos sofás da sala, ao meu lado a pesada mochila que ainda não descarreguei, no outro sofá a minha frente mamãe me encara, entre nós a mesa de centro com cinzeiros, a xícara de café esvaziada por mim e a velha e resistente planta enfeitando o jarro no centro da mesa de centro, continuo gaguejando, preciso retornar ao planeta Terra, mamãe me encara, ah, não, tarde demais pra me recompor, mamãe já me manda aquele olhar condenador.
- Será que dá pra você dar um mínimo de atenção a sua mãe, Artur?
Mamãe traz aquele velho olhar punitivo, aquele que eu já reconheço desde pequenino, quando a desobedeci e fui jogar bola com meus amigos em frente de casa, estraçalhando o vidro da janela do nosso vizinho. Há muito tempo que o vidro estilhaçado foi recolhido, que a janela foi consertada, que o vizinho até vendeu a casa e se mudou, mas o olhar de repreensão de mamãe continua o mesmo e, nesse momento, chegando aos quarenta, continuo me sentindo o mesmo menino condenado ao inferno da quase orfandade por ter desobedecido a uma ordem materna. Reparo no rosto de mamãe: o tempo lhe trouxe algumas rugas e olheiras a mais, um ar mais cansado e impacientes cabelos brancos que se multiplicam em sua cabeça, apesar de ela insistir em pintar o cabelo. O tempo trouxe muitas mudanças físicas em mamãe, mas não conseguiu envelhecer o olhar fatal que ela me atira sempre que descumpro com minhas obrigações de filho atencioso e obediente às regras maternas. Ameaço voltar a balbuciar algo, mas lá vem a segunda facada na fala cortante de mamãe:
- Tem vezes que eu acho que você saiu daqui de casa e foi pra longe só pra fugir de mim...
Ela sabe que não é verdade; na época, não tive escolha: ou aproveitava o emprego público e estável, com possibilidades de uma vida melhor pra mim e pra ela, que Dilmópolis me oferecia ou vivia na penúria dos subempregos que a minha pequena, pacata e decadente Shangri-lá me fornecia. Desvio rapidamente meus olhos pras paredes da sala – algumas partes estão descascadas, precisam de uma nova pintura e, devido ao orçamento apertado de fim de ano, ainda não consegui juntar uma grana extra. Grande m... ilusória essa de tentar me tornar rico com um empreguinho público em Dilmópolis; conseguimos sobreviver, mas a tal da vida melhor continua sendo um sonho distante. Retorno o olhar para mamãe; ela sabe que não é verdade que saí daqui para fugir dela – há alguns anos atrás, a insinuação dela geraria uma grande discussão entre nós, mas, com o passar dos anos, aprendi que não adianta disputar razão com quem me gerou e que, por mais insólito que pareça, sempre merece ter razão.
- Me desculpe, mãe, eu estava distraído. A viagem é cansativa, cê sabe como é, me desculpe, pode repetir a pergunta, por favor? – não é a melhor das minhas respostas, mas, pelo menos, garante uma efêmera bandeira de paz na ameaça de uma iminente guerra familiar.
Mamãe faz um ‘hum’ repreensivo, mas o semblante austero aos poucos se desfaz: estou temporariamente perdoado. Ela realinha seu novelo de histórias, retorna didaticamente ao início de sua palestra:
- Você sabe, né, meu filho, que, depois que a minha mãe, que a sua vó morreu, a família fica muito separada, muito distante, né. Mas a noite de véspera de Natal é sempre a chance de novamente nos reunirmos, né, retornarmos a ser uma família unida, com todos os parentes juntos.
Mentira... antes mesmo de vovó falecer, a família já estava se espalhando, alguns ficavam breves momentos na noite de véspera de Natal só pra representarem seu papel, mas percebia-se o ar pesado, um ou outro sorriso amarelo de ser ocupado demais pra se manter ali estático e o semblante de alguém que apenas automaticamente cumpria sua obrigação. Após uma rápida aparição, percebia-se também no semblante do parente que inventava uma desculpa e saía mais cedo da festa um certo ar de alívio enquanto se despedia. Penso em tudo isso, mas nada digo, mantenho o olhar atento para minha mãe, não posso deixar que ela me pegue novamente distraído, seria a declaração da pior das guerras, onde tanto eu quanto ela sairíamos feridos.
- Sei... – comento vagamente, apenas para que ela me veja consciente de suas palavras e prossiga com a narrativa, cujo final já conheço de cor.
- Então... Nesse ano, como nos outros, a família decidiu novamente se reunir na casa da sua tia Esmerendinalva, pois é a mais próxima, a melhor localizada pra todo mundo.
Mentira também... Qualquer casa seria um bom local. A ‘família’, a mesma que, nesses quase dez anos, jamais me visitou em Dilmópolis, decidiu pela casa da tia Esmerendinalva, porque ela foi a primeira a oferecer o espaço para as festividades da véspera de Natal, após a morte de vovó. A única coisa que a ‘família’ mantém realmente como tradição é o lance de delegar funções vitalícias a um dos parentes, como um patrão atira algumas de suas responsabilidades em cima de um encarregado: foi assim quando deixaram mamãe responsável para cuidar de vovó até seu falecimento, enquanto os demais filhos e netos nos visitavam esporadicamente, quase sempre ignorando as reclamações e alertas que mamãe fazia sobre o estado de saúde de vovó; é assim agora com a tia Esmerendinalva, promovida a anfitriã da familiar festa de véspera de Natal e será sempre assim que resolveremos os assuntos e necessidades pendentes das reuniões familiares: delegando a dor do parto a uma Eva, enquanto os demais usufruem do Éden. Penso nisso e, às vezes, me escapa um ar magoado, mas nada disso deve ser novamente falado em voz alta por mim, como já fiz em momentos anteriores, pois, nesse tiroteio de verdades, somente mamãe e eu sempre sairemos feridos.
- É verdade... – comento mais uma vez vagamente, me esforçando pra que não soe irônico. “Mentiras sinceras me interessam”, já diria Cazuza. Que mamãe continue com a narrativa.
- Então, meu filho... você vai comigo na festa de Natal na casa da tia Esmerendinalva, né, Artur? – o segundo vocativo sem a palavra filho já é um aviso de que ela mais uma vez me deserdaria se eu ousasse dizer não como fiz há uns 7 ou 8 anos atrás. Até hoje me arrependo daquela negativa – ao invés de ficar com a ‘família’, fui beber com os amigos; acordei no dia 25 de dezembro com uma baita ressaca, abraçado a um dos reis magos capturado no presépio montado pela Prefeitura no centro da cidade. Encarar mamãe naquela tarde de 25 de dezembro foi como esfaquear minha própria alma: me senti tão culpado que até achei que cresceram novos cabelos brancos na cabeça de mamãe por causa de minha heresia com as reuniões sagradas familiares. Ela não falou quase nada comigo, o silêncio repreensivo dela trazia todas as condenações dos anjos do apocalipse. Não dito, mas maldito e feito: passei por um dos piores anos da minha vida e o destino só aliviou minha via crúcis quando, no ano seguinte, voltei a frequentar as festividades de véspera de Natal na casa da tia Esmerendinalva.
Enquanto relembro isso, mamãe me encara. Percebo sua agitação nas mãos que espantam algum mosquito invisível – mamãe sempre foi uma péssima atriz quando o papel lhe exige uma calma impossível, que o tempo lhe transformou em serena impaciência. Pra ganhar tempo na peça teatral que ensaio, acendo um cigarro. Queria confessar a mamãe que, nestas festividades familiares, me sinto como a velha do conto “Feliz aniversário”, de Clarice Lispector, considerando todo o mundo ao redor como algo desfigurado, enfraquecido e desmoralizado. Enquanto coloco o isqueiro sobre a mesa de centro após acender o cigarro, revisito o olhar de mamãe: nos olhos dela, repousa a estrela guia que leva todos ao Menino Jesus; queria ter um terço do brilho eterno que os olhos dela mantém, apesar de todos os percalços que a vida lhe impôs; sim, queria, como ela, continuar a acreditar na bondade absoluta e no infinito que fazem os olhos dela brilharem tanto a ponto de, às vezes, me cegar.
Finalmente, consigo atirar-lhe um sorriso perfeito de eterno menino, filhinho da mamãe, e lhe respondo:
- É claro que eu vou contigo, né, mãe!
Mamãe sorri. E este sorriso é o poema mais belo que nenhum poeta do mundo seria capaz de reproduzir. Nem sempre fui um bom menino, mas, agora, com quase quarenta anos, prometo ao Papai Noel da minha consciência que vou me comportar. E meu único pedido de presente é poder preservar este sorriso de mamãe por toda eternidade em todas as vésperas de festividades de véspera de Natal na casa da tia Esmerendinalva.
Fim de noite na véspera da véspera de Natal no Brasil, nada melhor que
presentearmos nossos ouvidos com boa música, por isso hoje compartilho a
fodástica canção “Mais Mulher”, composta pelo mais-que-fodástico artistamigo
Carlos Venttura.
Presidente da Academia de Letras do Brasil (ABL) – Seccional Suíça,
nascido em Salvador-BA e atualmente residindo em Berna, na Suíça, Carlos
Venttura possui uma série de trabalhos autorais e interpretações de grandes
clássicos da MPB, que o talentoso artistamigo divulga no facebook. Dono de uma
belíssima voz e composições de arranjos arrojados e, ao mesmo tempo,
sublimamente populares, Carlos Venttura logo me chamou atenção, principalmente
pela magnífica “Mais Mulher”, segundo ele, “mais uma canção autoral composta
para a voz de Alcione”.
As composições de Carlos Venttura, que mesclam o refinado e o popular, refletem
seu trabalho a frente da ABL, onde o artistamigo também revoluciona, ao destacar,
no ambiente acadêmico, artistas de todos os tipos e gêneros.
E o ano que vem promete, amigos leitores: canções fodásticas como “Mais
Mulher” são fruto do processo de seleção de parte do repertório para a turnê
Brasil 2015 do projeto show “CAMINHOS ABERTOS”, do fascinante artistamigo
Carlos Venttura!
Abaixo, compartilho com os amigos leitores a brilhante letra da música “Mais
Mulher” e um vídeo no qual Carlos Venttura interpreta sua belíssima canção
autoral.
Mais Mulher
(Carlos Ventura)
O que é que eu vou fazer,
Se não tenho os seus braços pra me proteger,
Pois já me acostumei a viver com você,
Amor.
Primavera florida era a nossa estação.
Nossas noites de amor eram como um verão.
E do inverno de nós o frio só restou e a solidão.
O que é que eu posso fazer se já chegou ao fim,
E eu não posso deixar tudo acabar assim.
Dediquei minha vida a você,
Toda minha alegria e prazer,
Os meus sonhos.
Como vou viver,
Sem o calor do teu corpo pra me aquecer,
Sua forma gostosa de me dar prazer,
Que me leva aos sonhos.
Tudo bem, vá embora, não olhe pra trás.
Eu vou me reerguer, não me procures mais.
Nosso caso acabou, não tem volta.
Segue o seu caminho e esquece a minha porta.
Se não tem nada a dizer pode sumir daqui
Pois eu sou mais mulher que você possa supor.
Você não foi o primeiro,
Nem meu último amor.
Vou abrir o meu peito, escancarar a porta,
Encontrar outro amor, estou ferida, não morta.
Alguém que vá me compreender vai me dar muito amor e prazer.
Se não tem nada a dizer pode sumir daqui.
Por favor, em silêncio, não quero nem lhe ouvir,
Pois nada que você me diga,
Vai reverter minhas lágrimas, curar minha ferida.
Vou abrir o meu peito, escancarar a porta.
Encontrar outro amor,
Estou ferida, não morta.
Alguém que vá me compreender vai me dar muito amor e prazer.
No dia 15 de dezembro, às vésperas do verão (iniciado hoje),
tive a honra de declamar meu poema “Primavera fúnebre”, premiado como finalista
no I Concurso de Poesia da Casa de Espanha, localizada na Rua Maria Eugênia,
300, Humaitá, Rio de Janeiro/RJ.
Vamos à história da produção do poema “Primavera fúnebre”: esse
texto me surgiu após assistir a um filme chamado “Reflexos da Inocência”, do
diretor Baillie Walsh. Nas primeiras cenas do filme, nos deparamos com a rotina
vazia do ator decadente Joe Scott, magnificamente interpretado por Daniel Craig
(algumas das cenas iniciais me provocaram um misto de estranheza – a rotina,
além de vazia, é um tanto bizarra – e curiosidade – aonde essa p... de filme
quer chegar?). Com o tempo, Joe Scott vai tendo flashbacks de seu passado, de
sua adolescência (dos tais “reflexos da inocência”) e, junto com o personagem,
mergulhamos num universo de lembrança de um tempo de pecados inocentes (com
cenas antológicas, como a que Joe jovem e Ruth dançam ao som de David Bowie e Roxy
Music – a primeira e a segunda estrofes de meu soneto devem muito a essa cena),
causadores de uma inesperada tragédia. A sensação de tempo perdido, o leve
desespero de rever amores e sensações que não podem retornar mais, o luto que
cobre todo o presente com uma tensa nuvem melancólica, todos esses ingredientes
foram me sensibilizando, desfazendo a estranheza inicial e tornando o filme “Reflexos
da Inocência” inesquecível para meus olhos cine-fanáticos. Consequentemente, o
filme se tornou o principal muso inspirador para o poema “Primavera fúnebre”,
com o qual cheguei à final do I Concurso de Poesia da Casa de Espanha. O filme pode ser encontrado no fodástico blog de filmes cult "Sonata Prèmiere", no seguinte link: http://sonatapremieres.blogspot.com.br/2014/01/reflexos-da-inocencia.html.
Na etapa final do concurso, não consegui os almejados
primeiros lugares, nem o prêmio de declamação, porém fica o orgulho de
pertencer ao seleto grupo de finalistas do Concurso de Poesias da Casa de
Espanha, organizado pelo Núcleo de Artes Federico Garcia Lorca – núcleo artístico
com o nome de um dos poetas espanhóis que mais amo neste universo poético -,
fica o registro da declamação de meu poema em novo espaço, o diploma de
finalista e a honra de saber que meu poema, juntamente com os fodásticos poemas
dos outros finalistas, fará parte de uma antologia a ser lançada em setembro do
ano que vem!
Abaixo, deixo para os amigos leitores o premiado poema
finalista, inspirado nas sensações que o filme “Reflexos da Inocência” me
provocaram, e o vídeo no qual interpreto o poema.
Boa leitura e Arte Sempre!
Primavera fúnebre
Deitados sobre o tapete amarelo,
deixávamos a canção nos levar
pra Era de Aquário, pra aquele castelo
erguido em sonho, suspenso no ar.
Perdidos no espaço, longe do lar,
voávamos por um mundo mais belo,
ah, no infinito da sala de estar,
sem o efêmero que agora martelo...
Silêncio é, hoje, o som mais tocado;
no tapete amarelo, falta vida;
a sala de estar não tem mais sonhado.
Minha bela pra sempre adormecida,
é triste ver teu corpo tão calado,
sem sorriso pra esta tarde florida...
Vídeo: Carlos Brunno apresenta sua Primavera Fúnebre na final do Concurso de Poesia da Casa de Espanha
Dos diversos poetamigos com os quais mantive contato neste ano de 2014,
nenhum cresceu tanto e elaborou fodásticos poemas mais febrilmente que ele. Seu
nome é Genaldo Lial da Silva, o professor-poetatleta mais obstinado do Brasil,
dono de alguns dos poemas mais-que-fodásticos deste ano. Sua força lírica é tão
avassaladora que, na sua segunda disputa em concursos literários, o artistamigo
já conquistou a Medalha de Ouro, no XXV Concurso de Poesia da Academia de
Letras de Paranapuã (ALAP)!
Há muito tempo que eu anuncio aqui no blog que, por mais que muitos
desdenhem de minhas análises, a qualidade dos poetamigos que lanço aqui nas
Solidões Compartilhadas é inquestionável e que todos os artistamigos
compartilhados merecem todas as honras e sempre irão brilhar. E alguns
continuaram a desdenhar... tsc, tsc, como diria Zagallo, agora vão ter que me
engolir, pois mais um poetamigo lançado aqui levou sua arte ao infinito e, mais
uma vez, brilhou (e – já adianto – há de brilhar ainda mais!)! Parabéns,
atletartistamigo dourado Genaldo Lial da Silva, você merece todos os louros que
recebeu e muito mais!
Tenho a honra de hoje compartilhar com os amigos leitores o
mais-que-fodástico poema premiado do poeta dourado Genaldo Lial da Silva, o
iluminado “Permissão”, juntamente com o vídeo, no qual o poetamigo fala sobre o
poema e o declama para o público fascinado da Cerimônia de Premiação do XXV
Concurso de Poesia da ALAP, realizada no dia 08 de dezembro de 2014,
segunda-feira, às 16 horas, no auditório da FALB/FALARJ, na Lapa, centro do Rio
de Janeiro/RJ.
Boa Leitura e Arte Sempre, amigos leitores!
Permissão
Permitam-me aflorar meus sentimentos
Permitam-me expressar coisas da alma
Permitam-me falar neste exato momento
Qualquer coisa que acalenta e acalma
Pisar descalço na grama macia e molhada
Em cima da árvore comer o fruto bem maduro
Ouvir a orquestra de pássaros na alvorada
Depois de ter curtido da noite o seu escuro
Correr nas matas como outrora se fazia
Sentir a chuva molhando o nosso rosto
Soltar pipa logo quando vem a ventania
E degustar da boa comida o seu gosto
Se eu pudesse em todos os meus dias
Apreciar as coisas mais simples e belas
Então, a todo prontamente eu diria
Que na simplicidade a alma se revela
Permitam-me viver em boa sintonia
Com o universo natural que nos criou
Que espero conseguir com esta poesia
Servir de exemplo por aquilo que eu sou
Permitam-me excluir a soberba da vida
Abraçar a simplicidade como companheira
Encontrar nas pequenas coisas a contrapartida
Pra viver, então, uma vida verdadeira.
Genaldo Lial da Silva (Medalha de Ouro – Categoria Adulto)
Vídeo: Genaldo Lial brilha na Cerimônia de Premiação do XXV Concurso de Poesia da ALAP
Um dos filmes sobre Nazismo e Segunda Guerra Mundial que
mais me marcaram nas últimas décadas foi o premiado (ganhador da Palma de Ouro
em Cannes 2002) “O pianista”, de Roman Polanski, inspirado na biografia com
título homônimo do artista Wladislaw Szpilman (quem quiser baixar e assistir ao
filme, recomendo o link do fodástico blog cult “Sonata Prèmiere”: http://sonatapremieres.blogspot.com.br/2012/03/o-pianista_705.html
). Poucos filmes encheram tanto os meus olhos cinéfilos de desespero (diante da
violência dos soldados nazistas com os judeus na Polônia invadida e da corrida
alucinante do protagonista [fenomenalmente interpretado por Adrien Brody] por
meios e refúgios para sua sobrevivência) e de desenfreado lirismo (a eterna
melancolia, medo e cansaço do protagonista diante do ambiente alucinadamente violento
com o qual convive e a sensação de inutilidade e impotência devido a sua
abstinência forçada com a prática de sua arte, com sua música – é, o fato de o
protagonista ser artista e ser impedido de manifestar seu dom artístico
afetaram ainda mais minhas emoções diante do filme [por sinal, duas cenas
antológicas, que jamais esquecerei, são a que ele se depara com um piano, mas,
tendo que se silenciar pra sobreviver, toca o instrumento apenas com o
pensamento e a que ele se vê inadvertidamente solitário em meio a Polônia
destroçada e, finalmente, realiza o seu desejo: tocar um piano, chegando a
sensibilizar até o oficial nazista que surpreende o pianista judeu refugiado]).
Sei que minha opinião, no caso desse filme, é mais emotiva que racional, mais
considero “O pianista” como uma das obras-quase-primas (considero que, nos
momentos finais, o filme perdeu um pouco o ritmo em comparação aos momentos
muito tensos de seu clímax) de Polanski.
Devido a essa experiência cinéfila visceral com o filme de
Polanski, acabei lendo a obra que a originou – tanto que recomendo o livro “O
pianista”, que traz outra visão (diferente, mas tão maravilhosa quanto a do
filme), pois é uma autobiografia, ou seja, a narração dos acontecimentos são em
primeira pessoa (deixando alguns momentos até mais tensos e mais pesados que os
que o filme conseguiu expor). Além disso, esporadicamente, em parceria com os
professores de História, outrora Andressa Prado e Kelly Sodré e atualmente
Rafael Faraco, costumo exibir e trabalhar a análise do filme com os alunos.
Quando o projeto foi originado por mim e por Andressa, o batizamos de “A
segunda guerra mundial dentro de nós”, em homenagem ao romance infanto-juvenil
do escritor curitibano Paulo Leminski. O projeto com várias outras etapas foi
defendido por Andressa na 1.ª edição do Concurso “Fazer-se Professor” (2010) e
conquistou, merecidamente, o segundo lugar. Em respeito a toda essa trajetória,
uso até hoje esse nome original do projeto, quando trabalho o assunto “Segunda
Guerra Mundial” nas aulas interdisciplinares de Português-História. A etapa, na
qual os professores de História e eu exibimos o filme “O pianista”, é, talvez,
o momento de clímax mais revelador e poético do projeto, pois revemos o filme
com um ingrediente lírico a mais: vemos as reações dos nossos alunos, sua
interação assustada com a adaptação cinematográfica de um momento histórico
recente (os fatos de ter acontecido a menos de 100 anos atrás e de ainda haver
defensores do nazifascismo tornam essa matéria de História assustadoramente
próxima de todos nós).
As aulas expositivas sobre o assunto e a exibição
crítica de filmes como “O pianista”, somado às exibições do didático (e mais
próximo da linguagem adolescente) “Matemática do Diabo” e, atualmente, do
comovente “O menino do pijama listrado”, já me proporcionaram aulas mágicas de
Produção Textual com os artistalunos, tanto que vários poemas e contos deles
ganharam destaque em concursos literários nacionais, como o Concurso de Poesia
da ALAP. Como a minha prática escrita é vampiresca (ver os artistalunos se
dedicarem na produção textual de um tema renova minha arte e me inspira a
escrever também intensamente sobre o mesmo assunto), depois de anos realizando
o projeto “A segunda guerra mundial dentro de nós” e assistindo ao filme “O
pianista” tantas vezes sozinho e tantas vezes com os artistalunos, finalmente
um poema amadureceu em mim, inspirado no filme e a tudo que vi a partir das
diversas sessões da obra nas aulas. Batizei o poema com o mesmo nome do filme e
do livro, ou seja, o nome do poema que escrevi é “O pianista”. Pra absorver a
atmosfera de contenção forçada pela qual o protagonista do livro e do filme
passa por não poder tocar o piano, metrifiquei os versos da primeira até a
penúltima estrofe, libertando-me na última, quando, na minha versão lírica, o
pianista se descontrola e deixa que sua arte grite pelos dedos que, finalmente,
tocam o piano. Minha homenagem lírica ao filme “O pianista” parece ter sido bem
sucedida, afinal tive a honra de ser premiado com a Menção Especial na
Categoria Adulto do XXV Concurso de Poesia da Academia de Letras de Paranapuã
(ALAP).
Abaixo posto a obra-lírica-cinefanática premiada e o vídeo
da declamação do poema na Cerimônia de Premiação do XXV Concurso de Poesia da
ALAP, que aconteceu no dia 08 de
dezembro de 2014, segunda-feira, às 16 horas, no auditório da FALB/FALARJ, na
Lapa, centro do Rio de Janeiro/RJ.
Pelo fim do nazifascismo e demais violências
discriminatórias, desejo mais uma vez a todos vocês Boa Leitura e Arte Sempre,
amigos leitores!
O pianista
O piano da sala convida meus dedos,
Pede-me os toques que apenas eu sei lhe dar,
Mas, protegido neste apartamento triste,
Infelizmente o canto preciso evitar...
Pela fresta da janela, passeia o medo,
Tropas de ex-homens que querem me aniquilar
Por julgarem que meu sangue judeu transmite
Doenças que eles precisam erradicar.
Pior que todo esse preconceito e clausura
É conviver com essa alucinada tortura
De ter um piano que não posso tocar...
Ah, que venham todos os soldados nazistas,
Que, em mim, descarreguem toda a fúria fascista!
Troco a métrica e rompo com as regras absurdas,
Meus dedos, por um sublime momento, se esquecem da guerra
surda:
Toco a minha última e mais bela música – agora podem me
matar!
(Carlos Brunno S. Barbosa – Menção Especial na Categoria
Adulto do XXV Concurso da ALAP)
Vídeo: Carlos Brunno declama "O pianista" no XXV Concurso de Poesia da ALAP
Yeah, amigos
leitores, não foram apenas os artistalunos da Escola Municipal Alcino Francisco
da Silva que brilharam no XXV Concurso de Poesia da Academia de Letras de
Paranapuã (ALAP): os poetalunos do Colégio Estadual Dr. Oswaldo Terra (CEDOT),
de Valença/RJ, inscritos pela mais-que-fodástica professora-escritora Juliana
Guida Maia, também se destacaram, pelo segundo ano consecutivo, nesse
prestigiado concurso literário!
No total, foram
16 alunos classificados do CEDOT:
Categoria
Juvenil:
OURO: Marcela
Helena Santos de Abreu e Rayane dos Santos Delfino.
PRATA: Reginaldo
Elias Mendes de Oliveira.
BRONZE: João
Pedro de Melo Nogueira, Maria Eduarda Luizetto, Douglas Damasceno da Silva,
Karina A. Capitulino, Emmanuele Lilian Vargas.
MENÇÃO ESPECIAL:
Gabrielly Souza e Silva e Fabrício Luiz da G. S. Santos.
MENÇÃO HONROSA:
Milena Jacinto Ferreira e Milena Pimenta dos Santos.
Categoria
Infantil:
BRONZE: Gabriel
Eduardo T. Pereira, Iasmin Cortez e Inara Aparecida Alves.
MENÇÃO ESPECIAL:
Andressa Alves Menezes.
Os poemas
classificados dos poetalunos do CEDOT, em sua maioria, abordaram o tema
“bullying”, trabalhado em sala de aula pela professora Juliana Guida Maia; as
três exceções (três que ganharam Medalha de Bronze na Categoria Juvenil João
Pedro de Melo Nogueira, Maria Eduarda Luizetto e Douglas Damasceno da Silva)
traziam um tema mais livre (o poema “Coração de Rádio”, de João Pedro, por
exemplo, é levemente inspirado na canção “Stereo Hearts”).
Por falta de
verba, infelizmente, os poetalunos do CEDOT não puderam ir à Cerimônia de
Premiação do XXV Concurso de Poesia da ALAP, que aconteceu no dia 08 de dezembro de 2014,
segunda-feira, às 16 horas, no auditório da FALB/FALARJ. Mas, nós,
professores-escritores e artistalunos da Escola Municipal Alcino Teresópolis,
da região rural de Teresópolis/RJ, representamos os fodásticos e talentosos
poetalunos valencianos e declamamos seus premiados poemas na festa lírica da
ALAP.
Abaixo posto os
fodásticos poemas dos poetalunos do CEDOT e o vídeo com as interpretações dos
poemas, feitas pelos artistalunos da Escola Municipal Alcino Francisco da Silva
(lamento, apenas, na confusão do troca-troca da câmera, não termos gravado o
poema de João Pedro de Melo Nogueira, premiado com Medalha de Bronze, e
declamado por mim durante o evento).
Parabéns aos premiados artistalunos da professora-escritora Juliana Guida Maia do CEDOT e artistalunos declamadores da EMAFS! Boa leitura e
Arte Sempre, amigos leitores!
Bullying
Bulliyng é
solidão
acaba com a
autoestima
e te deixa com o
coração na mão.
Bullying te deixa mal
Enfrente os seus
medos
porque isso não
é normal.
Se você se sente
mal
Procure alguém pra conversar
resolver os seus
medos
pra poder te ajudar.
(Andressa -
Menção Especial na Categoria Infantil do XXV Concurso de Poesia da ALAP)
O Mal Do
Bullying
O Bullying não é
inocente
Não é
brincadeira de adolescente
É só pra chamar
a atenção
De gente que não
tem coração
Bullying vem
bullying vai
A dor que sito
não acaba jamais
Posso acabar com
tudo
Porque meu
coração não aguenta mais
Choro pelos
cantos...
Procurando meus
defeitos
Bullying machuca
A pessoa que
sofre inocente
Triste acaba com
a família
Que sofre
infelicidade
Quem pratica o
Bullying
Só faz maldade!
(Gabriel Eduardo
– Medalha de Bronze na Categoria Infantil no XXV Concurso de Poesia da ALAP)
Bullying Machuca
O Bullying machuca
fere, magoa
o seu coração.
Cada dia que passa
você perde
a sua emoção.
Pois você perde
a sua razão
porque não quer
mais viver.
É horrível
sofrer bullying,
pois você fica
depressivo.
O bullying é
errado,
pois temos que
tratar
os outros com
amor!
(Iasmim –
Medalha de Bronze na Categoria Infantil no XXV Concurso de Poesia da ALAP)
O Bullying
Bullying é uma
coisa chata
Quem sofre fica muito chateado
E quem testemunha fica chocado
Quem tem amor
não tem solidão
quem tem amor
não pratica e
nem faz Bullying!
Bullying é
violência
que magoa o
nosso ser.
Bullying é
perdição
acaba com o meu
coração.
(Inara – Medalha
de Bronze na Categoria Infantil no XXV Concurso de Poesia da ALAP)
Bullying
Bullying não é
legal, faz muito mal
Não só por fora,
mas também faz muito mal por dentro
Quem é vítima de
bullying se sente diferente
Fica cada dia
mais triste
As vezes pensava
que isso um dia ia se acabar
Mas a
pessoa acaba mesmo é com marcas no corpo
e na alma
Que nunca irão
ser apagadas
Fica com ódio de
si mesma, se sente inútil
E às vezes acha
melhor o suicídio...
O maior defeito
que um ser humano pode ter
É praticar
bullying...
Ele sufoca os
pensamentos, distorce os sentimentos,
Deixa a pessoa
confusa
Bullying pode
levar a morte!
É uma perdição!
Nunca deveria
existir!
(Milena Jacinto Ferreira - Menção Honrosa na Categoria Juvenil do XXV Concurso de Poesia da ALAP)
Bullying
Bullying quer
dizer que
O valentão
está por cima
Colocando
apelidos
Nos fraquinhos.
Mas do mesmo
jeito
Está em baixo
Perdendo a razão
Com o próprio
coração.
O fortinho
coloca
Apelidos nos
fraquinhos
Porque eles
sabem que
O fraquinho não
Sabe se defender
sozinho...
Os fortinhos não
pensam
Que um dia o
fraquinho pode
Pensar mais que
eles
E se tornar mais
do que ele
E se tornar
igual a ele
Fazer com que
ele pense
que o mundo dos
fortinhos
é maior do que o
dele.
(Milena Pimenta
- Menção Honrosa na Categoria Juvenil do XXV Concurso de Poesia da ALAP)
Bullying é
Péssimo
O Bullying é
péssimo para quem pratica e para quem sofre
A pessoa que
sofre pode estar rindo pra você
Mas pode estar
chorando por dentro
Isso não é nada
legal,
Magoar alguém...
Algumas pessoas
se matam de tristeza
Amargura,
infelicidade
Não sabem a quem procurar
E acontece esta
tragédia.
As pessoas que
sofrem se isolam
choram em
cantos,
algumas pessoas
são apelidadas como:
gordo, orelhudo,
preto, macaco, etc.
O Bullying é o
defeito maior do ser humano
é uma coisa
ruim,
O Bullying tem
consequências como:
suicídio,
isolamento e infelicidade.
O Bullying não
se deve fazer
principalmente por você
se olhe antes,
veja os seus defeitos
antes de olhar
os dos outros
e nunca pratique
bullying!
(Gabrielly - Menção Especial na Categoria Juvenil do XXV
Concurso de Poesia da ALAP)
O Bullying é um
Erro
O Bullying é
muito errado
Por causa dele
muitas pessoas
crianças e
adolescentes
vêm tentando se
matar.
Por isso eu não
gosto de brincar desse jeito
Botando apelidos
nas pessoas
Isso gera
violência, morte, brigas.
Já aconteceram
várias mortes
um menino de 12 anos
se matou usando o cinto da mãe!
Eu tenho um
colega meu que a gente brinca de botar apelidos
mas percebo que
às vezes ele fica quieto e triste
aí eu paro de
brincar e peço desculpas.
É por isso que
eu não gosto de brincar disso
e dou o meu
recado:
Só brinque com
quem brinca com você!
(Fabrício Luiz -
Menção Especial na Categoria Juvenil do XXV Concurso de Poesia da ALAP)
Coração de
Rádio
Meu coração é um
rádio
Sintonize meus
sentimentos nos seus
Para que a
batida desse coração seu
Seja a mesma que
o meu.
Faça-me o seu
rádio
Ouça com atenção
Esta simples
melodia
Para que você
aumente o volume deste pobre coração
Então me diga
Se eu fosse um
rádio antigo e pesado
Você me deixaria
em uma prateleira todo empoeirado?
Ou me carregaria
no ombro por quer que você andasse?
Sem nenhuma
conclusão, pediria apenas
que nunca
me desligasse.
Se eu pudesse
encontrar uma nota pra você entender
Diria para que
você não me fizesse calar
Pedia para que
cantasse junto e me levasse pelas mãos
E que conhecesse
esse rádio
que é apenas meu
coração.
João Pedro
Nogueira – Medalha de Bronze na Categoria Juvenil do XXV Concurso de Poesia da
ALAP)
Dama da Noite
(Flor)
És minha linda
És meu amor
A dama da noite
Que um dia foi
minha flor.
Tu foste voar
Para tão longe
ficar
Numa noite
escura
Que eu venha
lembrar.
Pra sempre
ficará
No meu coração
Como uma dádiva
canção
A mais linda das
flores
Que veio
desabrochar.
Quando te vi
houve um tempo e
um lugar
Eles serão
sempre lembrados
Para que um dia
eu possa lembrar
Do meu amor por
ti
Que nunca se
apagará.
(Maria Eduarda
Luizeto – Medalha de Bronze na Categoria Juvenil do XXV Concurso de Poesia da
ALAP)
Um Pedido
Faço somente um pedido: se for para caminhar Deixe me caminhar sozinho Para que eu siga meu caminho Aprendendo todas as lições As lições que a vida tem para ensinar a mim Somente um pedido faço: Deixe-me sozinho Que meu caminho eu mesmo traço
Se for para chorar, deixe-me chorando Se for para pensar, quero ficar somente sozinho Se for para escrever, farei um pedido: Deixe-me perdido em ilusões Simplesmente esse pedido faço
(Douglas Damasceno – Medalha de Bronze na Categoria Juvenil do XXV Concurso de Poesia da ALAP)
Bullying
Bullying é uma
coisa que magoa
Te faz chorar
Muita gente
pensa em se matar
E as pessoas
praticam o bullying sem pensar
E quem pratica
não tem consideração
Porque adora
debochar, maltratar, humilhar
desvalorizar o
coração
Mas tudo mundo
tem defeitos
E para aliviar a dor de quem sofre o bullying
É só não revidar
O importante é
sermos nós mesmos
Não o que os
outros acham
Então, por isso,
não devamos praticar o bullying
Para não vermos
as pessoas chorarem.
(Karina Alves – Medalha de Bronze na Categoria Juvenil do XXV Concurso de Poesia da ALAP)
Bullying
O bullying é uma violência
Que causa
consequência...
Que machuca quem
escuta
nesta vida,tanta
luta
que perturba
quem escuta ....
Que
discrimina....
Que irrita e
intimida...
Que acaba com
uma vida....
BULLYNG é
internacional
destrói com a paz mundial e global...
BULLYING traz problema
sempre causa consequência...
não consigo
entender porque tanta violência....
Para o mundo
melhorar
a maldade tem
que acabar
e nunca mas
voltar ....
Paz amor e
atenção
tem que manter
Deus no coração!
(Emanuela Lilian – Medalha de Bronze na Categoria Juvenil do XXV Concurso de Poesia da ALAP)
A Dor do
Bullying
Meu coração
Minha alma
no mar de dor,
dor consequência
do bullying.
Bullying não e
brincadeira de criança
Machuca o
coração e fere a alma.
Traz temores e
dor na família
quem sofre quer
morrer
Esse é o meu
caso e de alguns colegas de classe.
Quem sofre o
bullying se sente derrotado
Uma dor que não
acaba
Isolado da família
Tristeza...
Não estou
pensando em suicídio
Mas já pensei
não posso negar
Porque já sofri
demais
E ainda sofro
Choro calado às
noites para ninguém ver
Preciso
escrever, não porque me pediram,
Mas para
aliviar...
Não me venham
mais com o bullying
Porque eu já
cansei de sofrer!
(Reginaldo Elias
– Medalha de Prata na Categoria Juvenil do XXV Concurso de Poesia da ALAP)
Bullying
Bullying não se
pode nem imaginar
pois tem
gente que vai imitar.
É um tipo de
coisa que é bem amarga
e que ninguém se sente amado.
Bullying tem
gente que sofre
não é fácil como
escrever uma estrofe.
O bullying precisamos excluir,
pois algumas
mentes ele vai poluir.
Bullying é uma
coisa que não pode se estabelecer
tem gente que
precisa entender .
Bullying é como escravidão
sempre acaba em
solidão .
Tem pessoas que fazem bullying sem consciência
de que leva a
muitas consequências .
(Marcela Helena –
Medalha de Ouro na Categoria Juvenil do XXV Concurso de Poesia da ALAP)
O Bullying
Não sei o que
aconteceu
Mas esse ano
doeu
Na escola
ninguém me dá bola
Não sei o que
fiz
Mas não gostam
de mim
Me colocam
apelidos, me xingam e riem de mim...
Suor nervoso
quando sei
Que estão
falando de mim
E quando tem
trabalho em grupo
Sei que serei o
único a sobrar
Penso em correr,
gritar, chorar
Mas não faço
nada além de me lamentar...
O bullying é
perdição
Marca o coração!
(Rayane dos
Santos Delfino – Medalha de Ouro na Categoria Juvenil do XXV Concurso de Poesia
da ALAP)
Vídeo: Poemas
dos poetalunos do CEDOT, interpretados pelos professores-escritores e
artistalunos da Escola Municipal Alcino Teresópolis, brilham no XXV Concurso de
Poesia da ALAP