
Ainda com vestígios do show do The
Killers em minha memória, retorno para Valença/RJ, após uma semana de ausência
e muito trabalho durante a semana. Ozzy, o labra-latas da mãe de minha namorada,
me recebe cheio de violentas saudades. Só consigo cumprimentar o restante da
casa após Ozzy me arrancar pequenos pedaços do braço - é a maneira louca que
ele manifesta sua felicidade em me rever e meio que uma forma de me castigar por
eu sempre partir e deixá-lo com saudades.

Acompanhemos os rastros assassinos
daqueles que amam e veem seu amor partir continuamente, amigos leitores.
Os assassinos também amam
Eu queria te olhar profundamente
e arrancar os teus olhos, baby,
pra não vê-los neste desvio indolente,
pra não te ver desviando de mim
novamente...
Assim evitaria o show da chuva em
meus olhos,
assim evitaria a visão de teu não
silencioso...
Eu queria te fazer sorrir como
antigamente
e cortar os teus lábios sorridentes,
baby,
pra não chorar após os momentos
felizes,
pra não forçar um sorriso triste
quando tu partires
tão seriamente...
Assim evitaria essa enchente de tristeza
em minha cara afogada,
assim evitaria que teu belo sorriso encantasse
outros olhos canalhas...
Eu queria te possuir inteira vagarosamente
e, depois, repartir teu corpo furiosamente, baby,
pra te empalhar pra sempre comigo longe
das tempestades,
pra evitar que cada pedaço teu se dissolva na
chuva dessa tarde
comovente...
Assim evitaria te perder, baby,
Assim evitaria me perder de ti...
Mas não te assustes com esses meus
desejos, baby,
são apenas anseios assassinos que
vivem em mim
pra não te deixar partir assim tão
viva,
pra vida não se despedir de mim
completamente...
Mas não é assim,
não sou assim
infelizmente...
A chuva continua a cair
e cada gota é um pedaço de ti
se afastando daqui.
Não é o final mais feliz,
mas terei que te matar em mim
pra sempre...
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