Este é um poema não poema feito
logo após Juliana e eu termos visto o filme não filme “Isto não é um filme”, do
cineasta iraniano Jafar Panahi, de 2011.
O filme acaba e os créditos
finais trazem mais dúvidas que conclusões, é noite e alguém do lado de fora
grita brincando com colegas como se estivessem o que faz com minha
namorada brinca que deve lem e lembram os iranianos comemorando a festa de
fogos de artifícios citada no filme, procuro um caderno e nem sei por que,
passos lá fora, abro a porta do meu quarto, som da tevê que mamãe no
quarto de minha mãe, ela dorme com a tevê acordada, na procura pelo caderno
minha namorada me pergunta o que estou fazendo, respondo monossilábico para que
as palavras não me fujam, caderno encontro, começo a escrever, namorada
perguntando se decidi escrever,mas não respondo, só escrevo, enquanto ela no
Google pesquisa sobre o diretor de “Isto não é um filme”, um iranian cineasta
iraniano realmente proibido de filmar em seus país e até hoje em prisão
domiciliar, ela fala isso olhando pro notebook enquanto eu escrevo, o que afeta
minha escrita no momento, agora silêncio dela, estará lendo algo novo sobre o
cineasta proibido de filmar durante 20 anos no Irã e proibido de sair de casa
durante 6?, o filme não filme “Isto não é um filme” que fala sobre sua condição
de cineasta sem direito de fazer filme fica na minha cabeça, enquanto escrevo
agora no quase silêncio esse escrito que não é um poema nem sei se deveria ser
escrito assim automático e/ou publicado mas aí está o papel em meu quarto
(agora minha namorada cita dúvidas suas sobre a culpa dos terroris supostos
terroristas de Boston) e não sei mais o que dizer – sem mais encerro meu poema
não poema “Isto não é um poema” assim igual o filme ... é melhor não continu
parar o fim ou até mais.
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