Hoje compartilho
minhas solidões poéticas pela primeira vez com a poetamiga teresopolitana
Alcione Aparecida de Souza. A artista foi minha aluna na época em que eu dava
aula no 2.º segmento da Escola Municipal Nadir Veiga Castanheira – poderia lhes
dizer que ensinei a ela os caminhos e descaminhos da poesia, mas ela já chegou
pra mim como poeta pronta; desde os primeiros escritos, já demonstrava seu
talento e, com o tempo, me confiou suas obras. Dona de um ritmo singular (adorava
construir os poemas como se fossem letras de música, talvez pelo fato de também
dedicar-se ao canto – arte que ela também se dedicou com muito talento,
conforme vocês verão em alguns vídeos que ela deixou nos tempos de escola),
rainha das anáforas (repetição de expressões ou palavras em diversos versos próximos
do poema), Alcione sempre demonstrou brilhantismo e suas composições marcaram o
professor-poeta-pateta-blogueiro que vos fala.
Segundo Natália
Bento, também artista (em breve ela também estreará seus poemas aqui no blog), amiga
dela e ex-companheira de turma dos tempos da E. M. Nadir Veiga, Alcione
atualmente está em alguma cidade do Espírito Santo. Como não tenho um contato
virtual (ou ela não tem, pois já fiz algumas buscas por Alcione) nem tenho seu
endereço, infelizmente, não pude informar o destaque que seus poemas terão aqui
no blog, assim como a única foto que tenho e que pude publicar dela é da época
em que ela era minha aluna. Caso algum leitor a (re)conhecer, por favor,
avise-a que sua arte permanece inundando de lirismo o coração deste professor-poeta-pateta-blogueiro
que vos fala.
Inundem suas
almas nessa enchente de poesia também, amigos leitores.
Se a chuva
Se for a chuva a
cair
se forem pingos
lilás
se for língua,
saliva
se for cabeça,
pensamento
se forem olhos,
imagens
se forem orelhas
a ouvir
se forem pés no
chão
se for a mão a
tocar
e se for coração
não será ódio
não será
maldição
não será crueldade
não será maldade
não será
preconceito
Será consciência
do amor
não coisas que
vem e vão
Será o broto do
amor
que se planta,
cresce
reproduz
e nunca morre.
Vejo que foi boa aluna.
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