sábado, 20 de abril de 2013

Elegia para Emílio Santiago: Sem você, sem Saigon


Hoje trago o que sobrou de Saigon: um poema com eu lírico feminino, a resposta da estrela que perdeu a luz na falta de amor neon, uma elegia ao fodástico cantor Emílio Santiago, um poema sobre a ausência que seu silêncio nos deixa, uma saudade  imensa de quando o anoitecer era algo muito bom...
Em tempo: Esse poema será declamado no Sarau Solidões Coletivas In Bar de Aniversário de 1 Ano, hoje, dia 20 de abril, às 19h, na Boite Mr. Night, em Valença/RJ.  


Sem você, sem Saigon

Nenhuma palavra
Nem meia palavra
Nosso apartamento
Alugado para novos amantes de Saigon
Nem me disse adeus
No espelho ainda ficaram meus escritos de batom
Borrados pela solidão.

Como vou ser estrela
Iluminando
A cidade pequena
Se todo o meu céu
Carece do nosso amor neon?

Meu brilho balbucia
Um novo som
Às vezes
Ainda ando por aí
Brincando de me entregar,
Mas evito me acordar, só penso em dormir
Pois só no sonho ainda é possível encontrar você aqui...

E quase sempre
Eu tento não deixar você partir,
Mas é só o dia chegar
Pra eu acordar o vazio em mim...

Amanheceu!
Olho pro sol
E não vejo nada de bom
Perderam-se todas as estrelas
Na falta de escuridão
Sem você, eu não posso mais voltar
Pra Saigon...


Nenhum comentário:

Postar um comentário

Meu filho-poema selecionado na Copa do Mundo das Contradições: CarnaQatar

Dia de estreia da teoricamente favorita Seleção Brasileira Masculina de Futebol na Copa do Mundo 2022, no Qatar, e um Brasil, ainda fragiliz...