Faz exatamente um ano que compartilhei solidões poéticas
pela primeira vez no blog com o fodástico poeta valenciano Felipe Souza. Dono
de um lirismo grunge pós-moderno misturado a uma filosofia oriental com pitadas de ironia melancólica, elementos que imprimem ao poeta um estilo único e extremamente autoral, Felipe Souza passou por uma fase poética minimalista na época em que
organizávamos o UniVersos Culturais de Valença, em janeiro de 2009. Relembrei
disso porque encontrei, anotados pelo próprio poeta dentro de um caderno de
anotações meu, alguns dos poemas que ele escrevera nessa época – há algum
tempo, perguntei ao autor se ele lembrava desses escritos e ele mesmo confessou
não se lembrar. Por isso, retiro esses poemas da poeira do tempo e revelo-os ao
próprio autor e aos leitores. Que os poemas acordem do esquecimento e
renovem-se na eternidade.
Não prometa o que não quer.
Abandone sua crença.
Não pense que Deus está
Nem aqui, nem lá.
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Curvas da vida
Nos capotam, circulando
A planície vasta da verdade.
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Cervejas
Mesas vazias
Eu estava
Em lugar nenhum
a sensação que tive em ler esse belo poema,foi que o peso de tudo em volta do mundo,foi vomitado e expressado...são curtos os versos...mas diretamente no ponto agudo de sentir a vida rolar e passar por entre nossos dedos...e tudo fica tão cheio...tão vazio...lindo e nos faz refletir!!!
ResponderExcluirabraço forte carlos!!!