Hoje é o Dia Internacional do Trote Telefônico (ainda quero saber quem é o pândego que organiza e estipula essas datas comemorativas rs)! Em homenagem a essa data tão 'especial', posto no blog um conto meu, publicado originalmente no meu sexto livro "Diários de solidão" (2010). Lembro que o trote telefônico revolucionou os serviços de comunicações do mundo inteiro, pois gerou o famoso bloqueador de chamadas a cobrar; por isso, amigo leitores, comemorem essa estranha data com moderação:
Anônima pontual
- Tic-tac,
tic-tac... - o relógio anuncia que é meia-noite e, cheio de reticências, lembra
que o tempo não para.
“TRIMMMMMMM!!!!!!!”,
o telefone grita cheio de pontuações desesperadas.
-
Alô??? - a voz atende cansada, cheia de interrogações ásperas.
-
... - responde o silêncio, cheio de reticências amorosas.
-
Ah! Não vai falar nada! Então dane-se! - a voz corresponde agressiva, cheia de
exclamações solitárias.
“(...)”,
a chamada desliga apática, cheia de pontuações medrosas e doloridas.
-
Não era nada, mais uma vez, não era nada - a voz filosofa desanimada, cheia de
vírgulas intercaladas e sem ponto final
Nossa, nossa, assim você me mata [de raiva só de lembrar de alguns que recebi], Ai se eu te pego [nem sei o que faria, vou pensar num castigo castigante, rs].
ResponderExcluirPoxa carlos a poesia é poética e filosófica, mas o melhor dela é que faz a gente sentir a mesma ira, como se fosse real e o pior é que não posso xigar o eu lírico até a terceira geração.kkkkkkkkk