Ela não é de
falar muito, mas é extremamente dedicada às atividades que se propõe e quando
escreve... Uau! Será tímida? Talvez...
Observadora silenciosa do mundo à sua volta?
É quase certo. Uma brilhante escritoraluna? Com certeza! Ela não precisa
berrar e/ou sinalizar aos quatro ventos para brilhar; seus gritos silenciosos em versos ecoam nos
olhos fascinados de quem a lê e caminham rumo às maiores constelações! Estou
falando da superlírica, a mais que fodástica Thaynara Medeiros, de Teresópolis/RJ.
Quando
comecei a lecionar na turma dela, neste ano, na Escola Municipal Alcino Francisco da Silva, não sabia muito bem o que esperar
e o que buscar nela: quase não falava, mas fazia todas as tarefas sem muita
dificuldade, tirava uma dúvida ou outra quando sentia necessidade, só se
comunicava quando achava necessário e ainda aparentava um certo ar misto de
blasé com tédio. Falhei feio nesta primeira interpretação; depois de um tempo,
percebi que seu ar estava mais para observadora constante e secretamente atenta
a tudo, aprendendo e apreendendo silenciosamente todo lirismo que rondava fora
e dentro da sala. Thaynara já meio que se destacava nas notas e nas atividades,
mas foi nas aulas de produção textual que vi seu maior potencial: seus textos
transcendem os temas que ela se propõe a escrever, sua face ganha uma
luminosidade única quando está em rigoroso e intenso processo de escrita lírica
e ela sorri suavemente, num misto de satisfação e de segura insegurança com o
texto concluído (comum nos grandes escritores que procuram a perfeição), quando
encerra e me apresenta um novo e genial texto – como eu não tinha percebido
logo de cara? Ali estava uma mais que fodástica escritoraluna!
E para que
você, amigo leitor, também possa curtir a arte dessa iluminada escritoraluna,
trago ao blog dois fodásticos poemas de Thaynara Medeiros: o primeiro (“Meus
medos”) foi finalista na seletiva de poemas para representar Teresópolis/RJ no V
Festival Intercolegial de Poesias (aquele certame literário, cujo poema
escolhido foi o da também mais que fodástica Nathacha Felippe Corrêa,
coincidentemente da mesma turma da qual Thaynara fazia parte) e ganhou uma
versão em curta metragem do Luz, Câmera...Alcino!, dirigido por mim e interpretado
por Alessandro Rofrigues, Isabela Corrêa, Samira Ferreira e Hevelyn Silva
(posto-o logo abaixo, juntamente com o poema); o segundo (“Flor bela”),
Thaynara se inspirou no pseudônimo que dei a ela na seletiva de poemas
(batizei-a de Florbela, em homenagem à fodástica poeta portuguesa) e, mesmo
desconhecendo poemas da escritora portuguesa homenageada, a talentosa poetaluna
acabou fazendo intuitivamente um poema em tributo a uma flor bela, tão sublime
e melancólico que também serve, numa leitura mais figurada, como homenagem à
ilustre Florbela Espanca. Esses dois
fodásticos poemas de Thaynara Medeiros, iluminados de grande brilhantismo lírico,
são só o início – Thaynara possui muitos outros fodásticos poemas, que serão
compartilhados em outras postagens.
Boa leitura,
amigos leitores e sigamos o exemplo da super poetaluna Thaynara Medeiros: que vençamos nossos medos e
plantemos sempre flores belas em nosso jardim.
Meus medos
Essa manhã
acordei...
E venci mais
alguns dos meus medos
Medo de
viver e medo de morrer
Medo de te
perder e medo de te esquecer
Medo do
agora, medo daquela hora
Medo do
novo, medo daquele nosso acordo
Medo da
verdade e medo da maldade
Medo do
escuro, medo de ver o futuro
Medos, por
que me assombram?
Não sabem
que eu não queria estar aqui
Nesse mundo
cruel, onde todos são réus,
Onde até o
fel ficou melhor que o mel.
O meu peito
está ferido,
A minha voz
parece que está embaixo de lençóis.
Precisamos
de alguém que pense em nós!
Não podemos
calar nossa voz...
Meus medos –
O Curta Metragem
do Luz, Câmera...Alcino!
O Luz,
Câmera...Alcino! continua ativo nas filmagens de curtas e, desta vez, aborda os
medos numa interpretação lírica do fodástico poema "Meus Medos", da
poetaluna Thaynara Medeiros, da Escola Municipal Alcino Francisco da Silva, da
região rural de Teresópolis/RJ.
Ficha
Técnica:
Curta
metragem: Meus Medos
Inspirado em
poema homônimo de Thaynara Medeiros
Gênero:
Drama Lírico
Origem:
Teresópolis/RJ, Brasil, 2017
Produção:
Luz, Câmera...Alcino!
Direção,
filmagem e edição: Professor Carlos Brunno
Roteiro:
Autoria Coletiva
Cenário:
Sala do 9.º A.
Figurino:
Artistalunos ddo Luz, Câmera...Alcino! e Professor Carlos Brunno
Maquiagem: Artistalunos do Luz, Câmera...Alcino!
(d)Efeitos
Especiais: Professor Carlos Brunno
Atores/Declamadores:
Alessandro
Conceição
Hevelyn
Silva
Isabela
Corrêa
Samira
Ferreira
Trilha
Sonora:
"Horror
Music", de Audionautix (música de abertura)
licenciada
sob uma licença Creative Commons Attribution (https://creativecommons.org/licenses/...)
Artista:
http://audionautix.com/
"Italian
Afternoon" de Twin Musicom (canção dos créditos)
licenciada
sob uma licença Creative Commons Attribution
(https://creativecommons.org/licenses/...)
Artista:
http://www.twinmusicom.org/
Flor bela
Uma linda
flor a desabrochar
Com sua dor
a se destacar,
Cada
propósito iluminar
E aos
humanos inspirar.
Flor bela,
onde tu estás?
De repente
começou a murchar,
Foi ferida
ou arrancada
Ou apenas
ficou com suas pétalas amareladas...
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