Hoje, mais uma vez, compartilho minha solidões poéticas com a poetamiga
Raquel Freire do Amaral (desta vez, sem pseudônimos ou heterônimos).
O poema, escrito no ano passado, é uma fodástica homenagem lírica ao
universo cigano. “É uma mensagem que foi canalizada por mim ha algum tempo”,
diz a autora.
Em tempo: hoje, dia 24 de maio, às 19h, no Espaço PsicoVida (Rua D.
Renato Pontes, 27C Centro de Valença/RJ, rua próxima ao Hospital Geral), esse e
outros poemas serão declamados no Sarau das Solidões Ciganas, na festa em
homenagem a Santa Sara Kali. Não percam!
Dancemos com a lírica cigana de Raquel Freire do Amaral, amigos leitores!
A cigana Esmeralda
Eu sou cigana
Não tenho paradeiro, nem estação
Não tenho vigilância
Somente paixão
Amo a dança,
E quando danço, meus pés descalços tocam a terra e então sinto- me
livre e viva
As flores e seus perfumes me atraem
A natureza é o meu acolhimento
E o meu bando é o meu berço onde descanso em paz e serenamente
Os homens se envolvem com o desenvolto de minhas saias
Mas tal como o ilusionismo nas mágicas e os enfeitiço e vou embora
Vermelho sangue
E o verde de meus olhos
Com meus cabelos anelados e negros me jogo ao vento
Como se não existisse fim porque de verdade a vida não tem fim
Doce criança eu brinco e rio
Amo banhar-me em águas límpidas e claras
Não desejo ninguém, só desejo partilhar de tudo o que é mais infinito
Abraço e acolho, pois meu amor não tem fim
Laço e enlaço verdadeiros artefatos para dizer quem sou
A alegria é a minha inspiração
E é a vida que me seduz estar entre todos
Eu desejo a todos vocês alegria e paixão pela vida
Viva o vermelho sangue de minhas saias!
Vida a todos do bem!
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